"Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque Ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra". J. Calvino


Bem vindo(a)

domingo, 28 de novembro de 2010

Reconhecendo e aceitando o cuidado paternal de Deus.

Há uma forma errônea de pensar que Deus é somente doador de coisas boas, por isso, àqueles que não tem um conhecimento mais profundo a respeito D'ele, tornam-se as maiores vítimas desse engodo. Mas isso não é verdade? Sim, Deus, de fato é doador de todo o bem, porém , não podemos e não devemos nos esquecer que, Ele reserva para si o direito absoluto, não concedido por nada e nem por ninguém, de agir de forma que não lhe cause contrariedade. 

Quando passamos e temos a oportunidade de estudar a fundo os seus atributos incomunicáveis, somos surpreendidos com afirmções bíblicas que revelam o caráter de soberano de Deus e suas ações muito particulares e próprias. Com isso quero dizer que, assim como recebemos todo o bem de Deus também podemos receber da parte D'ele, correções, exortações dolorosas, etc.

Podemos ter certeza de uma coisa: assim como a bondade e misericórdia de Deus é intensa em todo o seu percentual, da mesma forma é o seu preciso julgamento. Deus não pode violar seu próprio Ser.

Observemos o que diz o salmista no capítulo 127 parte b: "... aos seus amados Ele o dá enquanto dormem". No início do capítulo ele vem falando sobre o inutilidade dos esforços humanos sem a atução divina. É inútil edificar a casa se Deus não for o centro das atenções. É inútil os seguranças passarem a noite em total vigilância se não houver confiança em Deus como o guarda fiel. Exemplo disso são pessoas que reservam para si homens armados, confiando que vão lhe proporcionar a guarda de sua vida.

Ainda no verso 3, ele fala da inutilidade de se viver só para suprir as necessidades, pois como diz o sábio Salomão, é tudo vaidade. E enfim, apesar de todo os nossos esfoços, Deus ainda assim continua nos ensinando que, se no suor que é derramado no cumprimento do nosso dever não houver gratidão para com Ele, precisamos nos lembrar que em todas as nossas ações , Deus precisa ser glorificado. Não que Ele precise deste ato de nossa parte, mas como sinal de eterna gratidão.


Mesmo enquanto dormimos Deus cuida e faz as provisões necessárias para aqueles que N'ele confia.

Ao Senhor eterno, ações de graças.

Por presb. Ronicleudo.







 




segunda-feira, 11 de outubro de 2010

493 anos de Reforma Protestante e a importância de sua mensagem para os dias de hoje

Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero pregou as suas hoje famosas 95 teses na porta da catedral de Wittenberg. Periodicamente as igrejas evangélicas relembram aqueles eventos que, na soberana providência de Deus, preservaram viva a Sua Igreja. Muitos, entretanto, questionam essas comemorações e alguns chegam até a contestar a lembrança da Reforma. Então, por que considerar o que aconteceu há quase 500 anos?

Seguramente, muitos não estudam a Reforma Protestante por mero desconhecimento do fato, por falta de informação ou por não se aperceberem da sua importância na vida daIgreja e da humanidade. Outros há que procuram um esquecimento voluntário daqueles eventos do século XVI. Martin Lloyd-Jones nos fala que entre aqueles que rejeitam a memória da Reforma temos, basicamente, dois tipos de argumentação:
1- Dos que dizem que o passado nada tem a nos ensinar;
2- Dos que vêem a Reforma como uma tragédia na história religiosa da humanidade.
Para os primeiros, somente o progresso científico e o futuro nos interessam. Firmadas em uma mentalidade evolucionista, estas pessoas partem para uma abordagem histórica de que o presente é  melhor do que o passado. Eles nada enxergam na história que possa nos servir de lição, apoio, ou alerta. Já para os segundos, devemos estudar a unidade e não um movimento que trouxe a divisão e o cisma ao cristianismo. Para eles, perdemos tempo quando nos ocupamos de algo "tão negativo".

Podemos dar graças , entretanto, pelo fato de que um pequeno segmento da igreja ainda acha importante relembrar e aplicar as questões levantadas pelos reformadores. Contudo, segundo Lloyde-Jones nos alerta para um perigo que ainda existe no interesse pelos acontecimentos que marcaram o séc. XVI. Na realidade, ele nos confronta com uma forma errada e uma forma certa de relembrar o passado, do ponto de vis ta religioso.

A forma errada seria estudar o passadp por motivos meramente históricos. Alguém pode olhar para trás e luvar homens famosos, mas isso pode ser pura hipocrisia se não aceitar, no presente, aqueles que pregam a mensagem de Lutero e de Calvino. Somos mesmo admiradores da Reforma promovida por aqueles grandes profetas de Deus?

A forma correta de relembrar a Reforma é, portanto, verificar a mensagem, a Palavra de Deus como foi pregada, e isso não apenas por um interesse histórico, mas com o bom propósto de imitar a fé ali demonstrada. Devemos observar esse evento e aqueles homens, para aprender e seguir os seus exemplos, discernindo sua mensagem e aplicando-a aos nossos dias.

Ao Deus atemporal seja o louvor.

(extraído do site Monergismo)


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Soberania de Deus e sua relevância na história dos homens

Pode-se definir a soberania de Deus como o exercíciode Sua supremacia. Sendo infinitamente elevado acima da mais elevada crfiatura, Ele é o Altíssimo, o Senhor dos céus e da terra. Não sujeito a ninguém, não influenciado por nada, absolutamente independente; Deus age como lhe apraz, somente como lhe apraz, sempre como lhe apraz. Ninguém consegue frustrá-lo nem impedí-lo. Assim, sua Palavra declara expressamente: "...o meu conselho será firme, e farei taoda a minha vontade" (Is 46.10). "...segundo a sua vontade ele opera com o exercício do céu e os moradores da terra: não há quem possa estorvar a sua mão...(Dn 4.35) O sentido da soberania divina é que Deus é Deus de fato, bem como o é de nome, que Ele ocupa o trono do universo, dirigindo todas as coisas, fazendo todas as coisas "...segundo o conselho da sua vontade" (Ef 1.11). A. W. Pink 

Por relevância na história dos homens, refiro-me ao fato de que Deus nunca deixou de agir e realizar sua soberana vontade, fosse pertinente ou não. Não podemos esquecer que os homens só esperam de Deus aquilo que é bom, prazeroso, vantajoso (ex. a mulher de jó).

Na época da igreja primitiva, quando os nossos irmãos estavam sendo perseguidos por causa do evangelho e do nome de Cristo, era plano de Deus que assim fosse, embora isto lhes custassem a vida porque não poderia ser de outra forma. Deus tem seus planos e não podem ser frustrados (Jo 42.2). O que dizer daqueles que foram mortos em arenas repletas de animais ferozes com a finalidade de entreter os espectadores?  

A administração do universo criado por Deus ainda está sob seu soberano controle! O Deus que, como diz Isaias:"...mede os céus a palmos, pesa os montes e outeiros em balança de precisão, as nuvens são o pó dos seus pés", este é o Deus que tudo faz conforme o seu próprio entendimento.

É bem verdade que muitas vezes nos esquecemos dassa tão importante implicação acerca do Deus que professamos segeuir e servir. Os acontecimentos em toda a história dos homens não foram para Deus desconhecidos ou surpresas. O salmista já diz: "não dormita e nem dorme o guarda de Israel". Deus não cochila!

Atualmente, estamos vivenciando talvez um dos mais importantes momentos de mudança tão aguardados pela nação brasileira: a escolha dos governantes. Contudo, há algo que está tirando o sono de muitos cristãos, a saber: o futuro presidente da repúlblica (sabem de quem estou falando). 

Quando olho para os nossos irmãos cristãos da África, Ásia, e todos que passam ferrenhas perseguições, tendo que abandonar seus bens, suas casas, propriedades e outras coisas mais por amor a Cristo, entendo que por não terem a liberdade de expressão como nós temos, concluo que são mais crentes do que nós. Talvez, muitos estão tão acostumados àquela monótona vidinha cristã que, qualquer ameaça contra a sua liberdade se torna o fim do mundo.

Pode ser que em um momento de perseguição a igreja brasileira reveja os seus conceitos, concerte seus erros  e abrace a causa de Cristo como de fato tem que ser. Homens e mulheres comprometidos com Deus e com sua Palavra; jovens impactados e edificados no evangelho; igrejas comprometidas com a sã doutrina, formando o caráter de Cristo em seus ouvintes.

Estamos tão acostumados ao dierito de ir e vir, e isso é bom, que de pronto nos sentimos acoados como um cão ameaçado. O que enxergamos é um montante de gente acomodados, sem compromisso com DEus e nem com sua Palavra. Não me recordo de que alguém no Brasil foi preso por pregar o evangelho na rua, praças ou em qualquer outro lugar; proclamar a verdade de Deus em alto e bom som, fazendo entender que só há um caminho que conduz ao céu-Cristo.   

Pra mim também não é interessante as possíveis mudanças, mas se Deus permití-las, o que podemos fazer? Não podemos e não devemos nos esquecer que Deus ainda governa o e cuida daquilo que criou.

O que fazer diante das perseguições: fugir ou enfrentá-las? O apóstolo Paulo em sua carta aos romanos cap. 8. 28 ele diz: 'E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito". Cada perseguição que o servo de Deus passa ou sofre, tem um significado.

Portanto, diante de informações e promessas de candidatos que estão se prontificando em sustentar que, se eleitos, vão criar leis aprovando a legalização do aborto, da união homossexual e de outras tantas, cabe a nós povo de Deus, conscientemente fazer juz a nossa resposta nas urnas em fidelidade a Palavra de Deus e seus princípios absolutos.

 Que Deus nos ilumine e faça a sua vontade soberana.

 Por Presb. Ronicleudo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Consciência Humana


Certa vez alguém disse:"Deixe sempre sua consciência ser seu guia". Este é um bom conselho se temos uma consciência informada e governada pela Palavra de Deus. Se, porém, nossa conscieência for ignorante das Escrituras ou tenha sido cauterizada ou endurecida pelo pecado constante, então tal teologia é desastrosa.

A consciência desempenha um papel muito importante na vida cristã. É vital, contudo, que tenhamos um entendimento correto sobre ela. 

A consciência, frequentemente,, tem sido definida como a voz interior de Deus, por meio da qual nossa mente nos acusa ou nos escusa de pecados. Ela inclui dois elementos básicos, a saber: (1) o reconhecimento ou a conscientização interior do que é certo e errado e (2) a capacidade mental de aplicar leis, normas e regras a situações concretas. 

Em Romanos 2.15 temos: "...pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, acusando-os, quer defendendo-os". Paulo ensina que Deus escreveu sua lei no coração humano. A consciência humana é informada pela revelação da lei de Deus, a qual foi implantada no coração humano. 

Lutero declarou na Dieta de Worms: " Minha consciência é cativa da Palavra de Deus... ir contra a consciência não é certo e nem seguro". A réplica de Lutero revela dois importantes princípios bíblicos. Primeiro, a consciência deve ser informada ou ser 'cativa pela Palavra de Deus. É possivel que a consciência seja desinformada, ou se torne cauterizada e insensível pelos pecados repetidos. Podemos ficar tão endurecidos pelo pecado habitual ou pela aceitação social do pecado que sufocamos a voz da consciência e pecamos sem sentir qualquer remorso. 

Por outro lado, se a nossa consciência nos persuade de algo que é ilegal ou pecaminoso, embora de fato a ação não seja pecaminosa, então ainda continua sendo errado em praticarmos aquela ação. Fazer o que consideramos mau, mesmo que de fato não o seja, é pecado. Paulo ensina que tudo aquilo que não provém de fé é pecado (Rm 14.23). Nesse caso agir contra a consciência não é certo e nem seguro. 

A nossa consciência só é um bom guia quando é informada pela Palavra de Deus.

Leituras bíblicas: Lc 11. 39-44; Rm 2.12-16;Rm 14.23; Tt 1.15

Escritos de R. C. Sproul.



quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Em cima do muro.

Há um dilema que assola muitos cristãos do nosso tempo. Digo, do nosso tempo, porque temos que falar de fatos que podemos dar testemunhos verdadeiros e precisos. Não é preciso ir muito longe para encontrar o que estou querendo expressar. O cotidiano nos apresenta inúmeros casos de pessoas que, sem nenhuma preocupação maior, não escondem atitudes de inconstância e de falta de maturidade cristã. Assim chamados de: "os eternamente meninos". 

Eis uma atitude muito comum em nossos dias: pessoas que constantemente estão em cima do muro. É muito comum encontrarmos crentes que dizem professar Deus, mas em sua grande maioria, não agem assim. Há uma grande distância entre professar Deus e servir a  Deus como Ele nos orienta. O que existe muito é uma busca desenfreada por aquilo que Deus pode dar, fazer, realizar, e nunca por aquilo que Ele é.
  
É extremamente complicado entender como muitos crentes, conhecedores da Escritura Sagrada se deixam levar por fábulas, mentiras, enganos sutis, etc. Não consigo imaginar que, alguém que conhece a Deus, se presta a pensar de forma contrária à que Deus pensa. Pergunto: A fim de que? Enganar a quem? O que vão ganhar com isso? Ou será que agindo assim vão atrair a atenção de Deus? Não.

Então, o que propomos? Propomos servir mais a Deus, conhecer mais a Deus(Os 4.6). Não podemos esquecer que toda a doutrina bíblica tem uma sequencia lógica de apresentação(didaticamente falando) e consumação(o seu real cumprimento). Se deixamos de lado um determinado ponto(ex. a cristologia), ferimos todo o restante. Daí, encontrarmos "fiéis" que não se acham, vivendo em desconexão total com Deus.
 
Em 2 Rs 18.21, nos é apresentada uma situação que ilustra muito bem o que estou refletindo. Àqueles que poderiam e deveriam confiar em Deus diante de uma situação desesperadora e conflitante, não o estavam fazendo. 

Estas atitudes têm se tornado muito comuns  no meio evangélico. A ênfase ao milagre, a bênção, ao mistério, aos movimentos considerados edificantes e avivalistas , aos cânticos que mais massageiam o ego humano do que glorificam a Deus e as 'profecias' em larga escala, tem desenhado um futuro não muito promissor para o evangelicalismo brasileiro.

O que precisamos é de homens e mulheres comprometidos com Deus e sua Palavra em toda e qualquer situação. Constância e firmeza são características imprescindíveis aos servos. Não tê-los, é sair ao mar e não levar a bússola; é correr sem meta(1 Co 9.26). Sair da indecisão é preciso.

Coragem igreja, coragem! Fortalecendo-vos no Senhor e na força do seu poder.

Ao Deus eterno, o nosso louvor e gratidão.


Por Presb. Ronicleudo.




















segunda-feira, 9 de agosto de 2010

I have a dream




Todos nós temos sonhos. Por sonhos, refiro-me a objetivos, metas, alvos, propostas, filosofia de vida... É comum a nós seres humanos, fazer planos, definir estratégias, tomar decisões,etc, pois somos sabedores de que,sem planos não conseguimos realizar aquilo que queremos para a nossa vida.  
   
Por volta do ano 1929, nascia em Atlanta (EUA), uma das maiores personalidades do século XX, chamado Martin Luther king Jr.  Aos 19 anos, foi ordenado pastor batista. Foi um grande ativista politico que lutou com vigor e afinco em defesa dos direitos civis, contra a segregação racial e da conquista de melhorias na educação e de moradia para os negros nos estados do sul.   

A sua vida era norteada por princípios e objetivos por ele bem traçados. Quando estamos imbuidos numa luta, basicamente só temos duas escolha: ou abraçamos a causa acreditando nela, ou retrocedemos desistindo dela(causa). Para Luther king, não havia como voltar atrás. Avançar era o seu principal alvo. Ele tinha um sonho(I have a dream). 

Sonhar não é proibido. Proibido é sonhar e não correr atrás do sonho. Não falo de ilusões, pois muitos tem se apegado a coisas que certamente são impossiveis de se conseguir(utopia). Pessoas que vivem no tão famoso e conhecido "mundo da lua".  Falo de realidade, realidade que testemunhamos todos os dias. Pessoas que precisam de ajuda, de pão, de acolhimento, de amor, de afetos de misericórdias, de esclarecimentos bíblicos, de aconselhamentos etc.

Martin sonhava com uma sociedade igualitária, com um futuro melhor para os seus filhos quando diz:" Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter" Nós também não pensamos contrário. Desejamos que as crianças sejam bem tratadas, as mulheresos e idosos respeitados... Não temos interesse na violencia, corrupção, crime, pedofilia, na desigualdade social. Só se consegue construir uma sociedade sadia fazendo uso de princípios e regras absolutas  e normativas. E neste contexto, acredito piamente que a solução para sairmos do campo das idéias e partirmos para a praticidade, é a apropriação e propagação do santo Evangelho(Rm 1.17).

Os grandes herois, não de quadrinhos, mas da bíblia, foram conduzidos por propostas inteligíveis e possíveis dentro de suas limitações à cumprirem suas respectivas tarefas. Só conseguiremos chegar ao topo da montanha se tentarmos. Sem tentativas, não existirá gosto de vitória. Deus nos tem convocado à praticar o que cremos. 

Há pessoas que só valorizam um desafio, quando ele é de grande intensidade. Veja o caso de Naamã. Àquele homem foi direcionado a mergulhar no rio Jordão para ser curado. Só que aquela tarefa para ele era muito fácil, queria algo mais difícil. Talvez, mergulhar no Abana e Farfar, rios de Damasco. Esperava uma manifestação miraculosa de Deus, algo extraordinário, sobrenatural.                

O que acontece conosco muitas vezes é que podemos e temos condições de ver os nossos sonhos tornarem-se realidade. King, no seu discurso, disse: "É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, do que nada fazer".

No livro de Judas versículo 3b, diz: "...exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos", nos admoesta que é dever do cristão batalhar. Batalhar por algo que vale a pena, por algo que, no contexto bíblico, nos deixe satisfeitos. Plantar sementes que produzam maturidade cristã, fé na suficiencia Escriturística, padrões e pricípios bíblicos sendo observados, pureza e santidade, são os maiores desejos do meu coração. Não é proibido sonhar.

O que almejamos para a vida, família e ministério? Vamos sair do mundo encantado de Bob. Vamos à realidade e mãos à obra( 1 Pe 4.11).

À Deus toda a glória.  

Por Presb. Ronicleudo.










 

sábado, 17 de julho de 2010

O Bom Combate

"
"Este é o dever de que te encarrego, ó filho Timóteo, segundo as profecias de que antecipadamente foste objeto: combate, firme nelas, o bom combate, mantendo a fé e boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé". I Tm 1.18-19.  

 Todos nós temos nossa filosofia de vida. A história denuncia o crescimento das populações e suas formas de subsistência. A diversidade cultura proposta pelo tempo, as inúmeras manifestações politicas, sociais, estudantis, fazem com que os homens tenham uma noção daquilo que é "correto" para se apoiarem e defenderem suas ideologias. 

Olhando e analisando o contexto escriturístico, encontramos um jovem que estava disposto a se gastar no exercício do seu dever: pastor. Timóteo foi um jovem brilhante e mui especial. Nasceu e cresceu num berço revestido da graça de Deus e do santo temor à Deus, através da sua avó Lóide e sua mãe Eunice, que em ambas habitavam uma fé sem fingimento(2 Tm 1.5). Cresceu em torno dessa filosofia: servir à Deus de forma piedosa e prática. 

Não temos como mudar os desígnios de Deus, uma vez decretado, assim acontecerá. A história da Igreja nos traz exemplos vivos de como Deus atuou, quando vocacionou os seus servos para a tarefa tão preciosa, dando-lhes condições suficientes para poderem suportar todos os tipos de adversidades e tentações provenientes de uma escolha soberana e indiscutível, que não acrescenta dores ou insatifações. As implicações do reino de Deus na vida dos seus servos são, a princípio, recheadas de puro contentamento, mas com o passar do tempo, logo percebemos que, não é tão simples como pensamos. Somos provados como que pelo fogo; somos testados diuturnamente; sacudidos, até cair a última máscara que resta do velho homem com suas artimanhas e enganos. 

O nosso combate não é recheado de pontas soltas, como alguém que desfere golpes no ar. Em vista disso, encontramos determinados personagens do meio evangélico usando de artifícios enganosos, afim de qualquer modo conquistarem o seu lugar ao sol, como diz o popular. Mas, sabemos que existe uma guerra interna que não é de todo fácil de guerrear: o bom combate.  

O apóstolo Paulo, instruindo o seu verdadeiro filho na fé, Timóteo, o aconselha a tomar posse das virtudes espirituais que aprendeu tanto de sua família, quanto da parte do dele. A responsabilidade que Timóteo estava assumindo, não era muito fácil. Pastorear uma grande igreja situada em uma das maiores cidades da época, Éfeso. Cidade populosa e grande centro de crescimento e riqueza. Pensamos: "Que desafio!" Mas aquele jovem estava proto para combater esse combate, não apoiado em suas forças, mas nas promessas de Deus.  

Formar uma igreja sadia e compremetida com a verdade de Deus,  era a  grande tarefa para Timóteo. Cuidar de grupo de pessoas que carecia de instrução baseada na revelação do Senhor.  

Eis a razão da existência das chamadas por nós, igrejas reformadas e conservadoras. Manter firme as convicções biblicas, é um grande desafio pra nós. Muitos tem se deixado levar por invações deste século, não sabendo ou sabendo , quem incorrem em perigo: o afastamento e distanciamento da graça de Deus. Inúmeras pessoas tem de fato, naufragado na fé, ou seja, não estão procurando água na fonte certa, na fonte que mata a sede: Jesus. A preferência de muitos tem se constituído de uma falsa espiritualidade revestida de traços puramente humanos, onde se dar  mais crédito aquilo que é conveniente, do que na propria revelação de Deus.  
Com Timóteo foi diferente. Tinha seus temores como nós também temos. Sabia de sua pequenez diante de Deus tão imponente e grandioso. Mas Deus não convoca para a peleja alguém que esteja sem condições, de pelo menos de sustentar um simples escudo e uma pequena espada. Timóteo foi comissionado para ser um plantador da boa semente: a Palavra. Trazer esperança para o desesperado; luz, ao que estava em trevas espirituais; direção, ao perdido; fé, aos incrédulos e inconstantes.

Portanto, nunca percamos de vista as trincheiras de nossa batalha, pois as armas da nossa milicia são poderosas em Deus. O nosso alvo é Cristo e este crucificado. Levar a proposta do evangelho aos corações dos homens ainda é nosso combate. Portanto, o primeiro passo para guardar a fé, segundo Paulo, é combater o bom combate. Não é proposta nossa fugir ou nos distanciar da fé que um dia foi entregue aos santos.

Por Presb. Ronicleudo















domingo, 11 de julho de 2010

Os lírios e toda sua beleza


"Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. E, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles" (Mt.6.28b-29).

Quando paramos para observar a diversidade da criação de Deus, ficamos extremamente perplexos e maravilhados. Nos deparamos com uma sabedoria riquíssima em detalhes e pormenores que nos encantam. Deus em seu infinito beneplácito e bondade, resolveu nos presentear com coisas que trazem e ensinam grandes verdades espirituais, e os lírios são uma delas.

No contexto ao qual Jesus se refere, as muitas advertências nos fazem pensar no maravilhoso e providencial cuidado de Deus. Ele usa as aves como ilustração do cuidado divino em alimentar, e as flores ou os lírios para ilustrar o seu cuidado no vestir(v.28-30). Toda a criação de Deus em toda a sua extensão, recebe um cuidado comum a todos, mas o homem é agraciado de forma especial. As aves tem a sua beleza; os lirios também tem a sua beleza. Os pássaros não trabalham, não semeiam, não colhem, e nem ajuntam em celeiros, contudo o Senhor os alimenta(v26); os lirios não trabalham e nem fiam, mas são revestidos com uma beleza extremamente estonteante e singular(v28-29). Sendo assim, não podemos confiar em Deus que é poderoso para nos alimentar e nos vestir, já que temos muito mais valor do que as aves e as flores? Pois Ele não veste até a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno?

Martinho Lutero discorrendo sobre o assunto, disse: "...ele está fazendo das aves nossos professores e mestres. É uma grande e premanente vergonha para nós o fato de, no Evangelho, um frágil pardal se tornar teólogo e pregador para o mais sábio dentre os homens... Portanto, sempre que você ouvir a voz de um rouxinol, está ouvindo um excelente pregador... É como se ele estivesse dizendo: 'Eu prefiro estar na cozinha do Senhor. Todos os dias ele alimenta e nutre inúmeros passarinhos em sua mão'.  Semelhantemente, Spurgeon também disse: "Maravilhosos lírios, como vocês reprovam o nosso tolo nervosismo!"

Não nos tocam estas singelas rimas?
                      Disse a rolinha ao pardal:
                          "Gostaria de saber
                      Por que os homens, ansiosos,
                           Nunca param de correr!"

                      Respondeu o pardalzinho:
                          "Minha amiga, eu penso assim:
                      Não sabem que o Pai celeste
                           Cuida de ti e de mim!"

Que bela e encantadora figiura. Jesus não disse que as aves dos céus ou os lírios do campo tem um Pai celeste, mas sim que nós o temos, e que, se o Criador cuida de suas criaturas, podemos ter certeza de que o Pai também cuidará de seus filhos.

Como nos encanta o ensino de Jesus! Salomão em toda a sua glória, usufruiu de tudo o que podia e desejava. Vestia-se da melhor roupa e calçava o que de melhor tinha na época. Mas, apesar de toda sua beleza, não se comparava a singularidade e o encantamento dos lírios do campo. Enfim, o que aprendemos com esta ilustração de Jesus? O que nos faz refletir? Será se temos deixado e confiado todos os nossos cuidados nas mãos do Pai celeste? Assim como ele veste os lírios do campo e alimenta as aves do céu, fará o mesmo com todos aqueles que depositam e aguardam o seu exímio e excelente cuidado providencial.

À Deus toda a glória.

(parte do texto extraído dos escritos de Sttot)









segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Incostância dos "constantes"



    "Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão"   1 Co. 15.58

Um dos maiores problemas que cercam a igreja do Senhor em nosso tempo é o que conheço como "superficialidade". Não foi atoa que o apóstolo Paulo por meio da revelação de Deus chamou a atenção da igreja de Corinto. Uma igreja rica, que possuia todos os dons espirituais, localizada em um dos principais pólos de comércio, inserida em uma cultura muito diversificada, com bastante capacidade de crescimento e expansão, mas que chegou um período em que preciso foi receber de Deus um puxão de orelha, uma exortação e ao mesmo tempo um incentivo para o desenvolvimento espiritual, o cultivo da vida cristã baseada nas páginas da santa bíblia, o retorno as obrigações do cotidiano local com ênfase pricipal  na responsabilidade individual de cada membro daquela comunidade.

Inconstâcia é algo que todos nós já experimentamos em nossa vida. Mas positivamente passo a refletir e concluir que, muitos têm-se deixado levar por este mal. A vida cristã é cercada de incentivos vindos da parte de Deus, temos o auxílio do Espírito Santo como nosso ajudador e consolador, mas mesmo assim, para muitos, parece que é difícil pensar de forma conclusiva que se não agirmos conforme Deus nos instrui, de fato, não temos condições de desfrutarmos de sua bondade e  misericórdia.
    
As circunstâncias de nosso tempo muitas vezes tem ditado o rítmo do nosso serviço à Deus. Muitas são as desculpas, como por exemplo: meu tempo é curto; trabalho demais; tenho casa, filhos para cuidar; faculdade; cursinho, etc. O resultado disso tudo é uma vida cristã pobre devido ao afastamento da comunidade, um esfriamento espirital muitas vezes irreversível.

O que acontece com um grupo de pessoas que não se interessa, não se importa com sua saúde e bem-estar espiritual? Para darmos essa resposta não é preciso queimar muito os neurônios. Basta darmos uma olhada à nossa volta e logo perceberemos a realidade dos fatos: cristãos vulneráveis à crises e tensões da vida moderna.

A maior vitória que graciosamente nos foi dada pelo nosso Deus, foi a salvação de nossas almas, que tão bondosamente nos resgatou da morte eterna (Ef.2.8-9), nos autorizando a entrada nos tabernáculos eternos.

Firmeza e constância é o que Deus requer de nós no que se refere ao seu serviço. Todas as nossas ações e labutas no reino de Deus, por menores que sejam, tem um valor inestimável para Deus, desde que sejam feitas com amor, dedicação, zelo, compreensão, espírito voluntário, servindo com liberalidade e paixão. O grande e absoluto segredo é termos a certeza de que, se estivermos fazendo para o Senhor, estamos no caminho certo e sob a motivação do seu Santo Espírito (Ef.5.19).

Portanto, nunca é tarde para dar meia volta em direção à voz de Deus. Escute sua voz por meio da Palavra. Ouça e sinta o mover do seu Espírito. Deus nos chama a responsabilidade como despenseiros que somos, à retomarmos nossa posição em suas trincheiras, não abrindo mão de pricípios que consideramos extremamente fundamentais e imprescindíveis para um viver santo, irrepreensível, e acima de tudo, agradável à Ele. 

Neste momento, estou ouvindo a bela música do Grupo Logos: Mão no Arado, sei que você a conhece. E quem não a conhece? A parábola que a musica se refere ilustra muito bem o que até aqui tenho exposto para nossa reflexão. Como disse o famoso pregador congregacional  Jonatan Edwards : "Luz na cabeça e fogo no coração", quando referia-se ao exercício da vida cristã e da fidelidade a Deus em fazer evidenciar a vocação daqueles que por ELE foram chamados para viverem de acordo com as premissas e bem-aventuranças do reino de Deus. No reino de Deus não existe grande ou pequeno, preto ou branco, rico ou pobre, todos fazemos parte daquela grande multidão descrita pelo apóstolo João em Apocalípse, multidão esta que brevemente habitará à nova morada celestial (Jo.14).


     Que Deus em Cristo nos bençõe.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

A bem-aventurança dos que choram: o consolo.



Jesus observando as multidões disse:   
"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados" Mt 5.4. 
   Que espécie de tristeza é essa que pode produzir a alegria da bênção de Cristo naqueles que a sentem?  Analisando o contexto está claro que aqueles que receberam a promessa do consolo não são, em primeiro lugar, os que choram a perda de uma pessoa querida, mas aqueles que choram a perda de sua inocência, de sua justiça, de seu respeito próprio, ou como chamamos na teologia reformada, aquele que reconhece que é penitente (pecador). Cristo não se refere à tristeza do luto, mas à do arrependimento.                                                                                             Este é o segundo estágio da bênção. Uma coisa é ser espiritualmente pobre e reconhecê-lo; outra é entristecer-se e chorar por causa disto. Confissão é uma coisa, contrição é outra. 
   Precisamos notar que a vida cristã, de acordo com Jesus, não é só de alegria e de risos. Há cristãos que parecem imaginar, especialmente se estão cheios do Espírito Santo, que devem exibir um sorriso perpétuo no rosto e viver continuamente exuberantes e borbulhantes. Que atitude antibíblica! A verdade é que existem lágrimas cristãs, mas são poucos os que as vertem.  
   Jesus chorou pelos pecados de outros, pelas amargas consequencias que trariam no juízo e na morte, e pela cidade impenitente que não o receberia. Nós também deveríamos chorar mais pela maldade do mundo, como os homens piedosos dos tempos bíblicos. 
   Mas não são apenas os pecados dos outros que deveriam nos levar às lágrimas, pois temos os nossos próprios pecados para chorar. Homens brilhantes da história bíblica, como os salmistas, Ezequiel, Paulo também passaram por problemas e momentos, tanto pessoais como coletivos. Ou será que eles nunca se entriteceram? Será que Thomas Cranmer exagerou quando, num culto comemorativo  a ceia do Senhor, em 1662, colocou nos lábios das pessoas da igreja as palavras :"Reconhecemos e lamentamos nossos múltiplos pecados e maldades"? Será que Paulo errou quando disse : "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?. Penso que não. Temo que os cristãos evangélicos, exagerando a graça, às vezes fazem pouco do pecado por causa disso. Não existe suficiente tristeza por causa do pecado entre nós.  David Brainerd, missionário entre os índios americanos escreveu em seu diário, em 18 de outubro de 1740, as seguinets palavras: " Em minhas devoções matinais minha alma desfez-se em lágrimas, e chorou amargamente por causa da minha extrema maldade e vileza". Lágrimas como estas são a água santa que se diz Deus guardar em seu odre.
    Tais pessoas que choram, que lamentam a sua própria maldade, serão consoladas pelo único consolo que pode aliviar o seu desespero, isto é, o perdão da graça de Deus. "O maior de todos os consolos é a absolvição anunciada sobre cada pecador contrito que chora". " Consolação" de acordo com os profetas do Velho Testamento, seria uma das missões do Messias. Ele seria o "Consolador" que curaria "os quebrantados de coração". Por isso, homens piedosos como Simeão esperavam ansiosos " a consolação de Israel"(Lc 2.25). E Cristo derrama óleo sobre nossas feridas e concede paz às nossas consciências magoadas e marcadas. Mas ainda choramos pela devastação do sofrimento e da morte que o pecado alastra pelo mundo inteiro! Só no estado final de glória o consolo de Cristo será completo, pois só então o pecado não existirá mais e "Deus lhes enxugará dos olhos toda  lágrima"(Ap 7.17).
    Um exemplo claro do reconhecimento do pecado(penitência) e da necessidade do arrependimento é a parábola do fariseu e do publicano em Lucas 18.9-14, onde o fariseu arrogante e presunçoso ignora o seu pecado e o publicano conscientemente não ousa aproximar-se daquele que é justo e santo, Deus, mas bate no peito e diz apenas poucas palavras: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!
    Sensacionalismo, emocionalismo, unção do riso, arrepio santo, e tantas outras fórmulas e artimanhas que tem surgido por aí, não são e nunca foram sinais da presença do Espírito Santo de Deus na vida dos seus servos.


Á Deus toda glória. Amém.

(parte do texto extraído dos escritos de J. Sttot)


Por Presb. Ronicleudo




domingo, 6 de junho de 2010

A Escassez de Alimento ( 1 Pe 5.2a)

  Pesquisas recentes nos informam que aproximadamente 963 milhões de pessoas continuam a ter fome ou a passar graves carências alimentares, o que representa uma "grave crise alimentar" que tende a se agravar e para a qual é necessário um esforço global. Quando pensamos em fome, o que nos vêm a mente a princípio é o continente africano, embora existam países que tem seu potencial financeiro, como é o caso daqueles que extraem petróleo em escala suficiente para sua sustentabilidade econômica. Mas fome não existe apenas por lá, em outras partes do mundo(América, Ásia, Europa...) também constata-se essa desigualdade econômica-social, onde muitos desperdiçam e outros são totalmente desprovidos.
    A minha humilde reflexão e questionamentos não se limita especificamente apenas nesse contexto de provisão alimentar. Quero direcionar meus rabiscos à questões que , particularmente, considero importantíssimo para a reflexão dentro da comunidade cristã.  
    Analisando o texto ao qual faço referência(1 Pe 5.2a), não é muito diferente em nossos dias  testemunharmos fatos de natureza grave e preoculpante, fatos estes que são corriqueiros no meio da igreja do Senhor Jesus, que merece uma atenção especial ed nossa parte. A admoestação do apóstolo Pedro para aqueles presbíteros que cuidavam do rebanho de Deus era para que exercessem o ministério com altruísmo e diligência, cumprindo com a responsabilidade que lhes havia sido confiada.
    Temos total consciência que cuidar do rebanho de Deus não é tarefa tão fácil como alguns ou, ainda, muitos pensam. Cuidar individualmente de cada um, zelar pela vida espiritual do conjunto, torna-se muitas vezes difícil mas não é impossível, desde que se reconheça o chamado e vocação para tal função no reino de Deus. 
    Contudo, o que nos causa maior indignação, desconforto e desapontamento, é o fato de que certos pastores e líderes e ainda aqueles que com certa arogância e prepotência se auto denominam" ministros", o que de fato podem até ser, é saber que muitos  não estão exercendo o seu ofício de forma exemplar e piedosa como o texto citado acima nos revela e nos admoesta. Pastorear o rebanho de Deus é diuturnamente fazê-lo por vontade livre e espontânea.
    Encontramos rebanhos totalmente famintos, não do alimento sólido, mas principalmente daquele que gera vida, nutre, vitaliza, dar força ao cansado, edifica, e fortalece o espírito do cristão, ou seja, a Escritura Sagrada. Daí, surge-nos uma indagação: "Onde estão aqueles que tem a responsabilidade de alimantar o rebanho de Deus, ou, o que estão fazendo? A resposta encontramos à nossa volta e bem diante de nós. Muitas ovelhas do aprisco do Senhor estão morrendo em suas casas, não por falta de vontade de ir à igreja ou por serem rebeldes, mas porque não são assitidas suficientemente. Muitos líderes  querem apenas que as ovelhas façam sacrifícios muitas vezes impossíveis, enquanto eles, nenhum. Têm-se zelo por tudo, encontra-se tempo pra tudo, menos para o rebanho de Deus, que é a causa principal da existência daqueles que são separados por Deus para guardar seus servos : os pastores.
     Muitos tem visto no ministério uma  saída para o desemprego, uma profissão, um jeito mais fácil de se ganhar dinheiro com mais facilidade sem grande esforço. Para estes a premissa é: "Quanto mais gente, mais dinheiro". O que encontramos em muitos é displicência, omissão, preguiçosos no que diz respeito ao esmero do estudo da bíblia para ter o que ensinar, visão de que a recompensa maior não a princípio aquele gordo e bom salário no fim do mês, mas em ver um povo espiritualmente sadio, satisfeito com Deus, reluzindo a glória de Cristo em seus rostos, ver pecadores arrependidos de seus pecados e sendo enxertados na videira verdadeira, famílias restauradas, casamentos consolidados, filhos obediêntes, pais conscientes, departamentos progredindo para a glória de Deus, cultos animados pela presença gloriosa do Espírito Santo,etc. Mas para que isso aconteça, é preciso que exerçam com fidelidade o ministério, alimentando o rebanho de Deus com a Palavra que edifica vidas, promove mudanças e estimula a santificação e obediência, só assim teremos pessoas com pés e joelhos espiritualmente fortes e saudáveis.
    Termino dizendo que o rebanho precisa de alimento, cuidado, remédio, proteção, direção e conselho. E onde encontramos tudo isso? Na Palavra de Deus, sem ela o povo fica vulnerável à desvios e afastamentos. Igrejas sadias são frutos de púlpitos muito bem usados.


À Deus toda glória. Amém.


Por Presbítero Ronicleudo

E-mail pbroni88@gmail.com.


  

sábado, 29 de maio de 2010

Perseverai (João 6.35-40)

   A maioria de nós conhecemos pessoas que um dia fizeram uma profissão de fé em Cristo e que provavelmente tiveram uma forte manifestação de fé, chegando até a tornarem-se ativos na vida e no ministério da igreja, e que por algum problema meis tarde repudiaram a fé e se tornaram "afastados" espirituais. Com tais evidências sempre suscitam a pergunta: pode uma pessoa, uma vez salva, perder a salvação?.  
   
     Embora haja outras formas de sep pensar sobre esse assunto, não quero e nem pretendo aqui e agora mencioná-los. Quero trazer o pensamento da teologia reformada, que ensina a doutrina da perseverança dos santos, a qual pode ser chamada também de "segurança eterna". Em essência essa doutrina ensina que , se você possui a fé salvadora (que é diferente da fé comum, ou seja, aquela que todos possuem), nunca ia perdê-la; e se você a perde, é porque nunca a teve. Conforme escreveu o apóstolo João: "Eles saíram do nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos". 

    Há registros de pessoas que em determinado momento de suas vidas, ficaram enamoradas de determinados elemntos do cristianismo sem contudo ou jamais de fato abraçar o próprio Jesus Cristo. Pessoas que vão à igreja com segundas ou terceiras intenções, muitas vezes atrás de uma autosatisfação, como exemplo: namoro, melhoria de vida, prosperidade financeira, curas, milagres, casamentos etc; Tais pessoas podem até se converterem à grade de programação da igreja sem se converter a Jesus Cristo que é a causa primeira de nossa busca. 

    A doutrina da perseverança não se baseia em nossa própria capacidade para perseverar, mesmo sendo novas criaturas criadas em Cristo, mesmo sendo regeneradas. Pelo contrário, descansa na promessa de Deus de nos preservar, pois é ELE que nos mantém de pé. Vejamos o texto de Filipenses: " Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de aperfeiçoá-la até o dia de Cristo Jesus". É pela graça, e tão-somente pela graça, que o cristão persevera. Deus determina o que começa. Ele assegura que seus propósitos na eleição não serão frustrados. Rm 8.30 nos fornece um testemunho adicional desta maravilhosa esperança. 

   Temos segurança porque a salvação é do Senhor e somos feitura sua. Ele dá o Espírito Santo a todo crente como uma garantia de que completará o que começou. Deus selou todo crente com o Espírito Santo. Ele nos marcou de maneira inquestionável e indelével e nos deu um pagamento antecipado que garante que concluirá a transação. 

   Uma base final de confiança se encontra na obra sacerdotal de Cristo, que intercede por nós. Assim como Jesus orou pela restauração de Pedro( e não de Judas), ele também ora pela nossa restauração quando tropeçamos ou caímos. Podemos permanecer caidos por algum tempo, mas nunca total ou definitivamente. Aqueles que são verdadeiramente crentes não podem ser arrebatados das mãos de Deus( Jo 10.27-30), é por isso que cremos e entedemos a doutrina da perseverança dos santos opu da segurança eterna. 

   Que bom sabermos que temos Deus como nossa firme rocha, nosso sustendador e protetor, nosso alvo. Bom é ter esperança e aguardar com paciência no Senhor.



 A Deus toda glória.                                                                         


                                                                                  (Parte do texto extraído dos escritos de R. C. Sproul)




 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

SOLA GRATIA (Ef. 2.1-10)

   A graça divina éo soberano favor de Deus exercido na dádiva de bênçãos a pessoas que não tem em si mérito nenhum, e pelas quais não se exigedelas nenhuma compensação. É completamente imerecida, não é procurada de modo nenhum e não é atraida por nada que haja nos objetos aos quais é dada, por nada que deles provenha, e tampouco pelos próprios objetos. Não pode ser comprada, nem obtida e nem conquistada pela criatura. Se pudesse, deixaria de ser GRAÇA.
   No texto lido e em outros escritos do apóstolo Paulo, a graça de Deus está em total oposição às obras e merecimento. Rm 11.6 diz :" E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça". É tão impossível unir graça e as obras (para a soteriologia), quanto unir óleo e água. 
   Este assunto ganhou uma importância grandiosa no período da Reforma Protestante, quando se pregava que a salvação podia ser obtida através ou por meio de indulgências ou por outros tipos de atos piedosos. Vejamos o que alguns reformadores pensavam a respeito do assunto:
  Lutero: dizia ele que o homem decaído é por natureza capaz de fazer muitas coisas boas e louváveis(esfera terrena), embora seja inteiramente incapaz de fazer qualquer bem espiritual;
  Zuinglio: entendia o pecado como corrupção, e não como culpa, e considerava a graça de Deus como santificante e não como graça salvadora;
  Calvino: Discordava deles. Ele sustentava que o homem natural não pode, por si mesmo, fazer nenhuma boa obra  e insistia vigorosamente na natureza particular da graça salvadora.

   Exposição das Escrituras
   Efésios 2.1-10. Salvação pelas obras de Deus. Os efésios alcançaram a salvção por meio da fé. De um lado, Deus, e do outro, o homem. Deus declara que não nos deve nada; de modo que a salvação não é um galardão ou recompensa, mas simplesmente graça. Não deveríamos, pois, manter silêncio acerca do livre arbítrio, das boas intenções, das preparações inventadas, dos méritos e das satisfações?
   A fé põe diante de Deus um homem totalmente vazio, nú, pobre, cego, morto, para que ele seja preenchido com as bênçãos de Cristo, o autor da salvação (Ef.2.1).

   Atos 20.24.  A graça é proclamada no evangelho. Para o judeu, um escândalo, para o grego filósofo e presunçoso, loucura. Por que? Porque não há nada no evangelho que se preste para gratificar o orgulho do homem. Ele anuncia, que se não formos salvos pela graça, não seremos de modo nenhum. Ele trata o homem como criminosos, culpados, condenados e mortos. Todo descendente de Adão é pecador decaído. A graça que divulga o evangelho é a sua única esperança.

   Lucas 18.10-14. O fariseu e o publicano. As atitude mentais que mais milita contra o arrependimento são a justiça própria e a presunção. Jesus mesmo ilustrou esta autopercepção com esta parábola. O fariseu apenas reconhece suas boas ações, maas permanece cego diante de suas falhas e pecaminosidade. Por não ver a sua necessidade de Deus nem de sua graça, não os encontra. Em contrapartida, o publicano que era tão mal visto pelos judeus, em sua oração, não ousava nem levantar os olhos aos céus, mas batia no peito dizendo: "Ò Deus, sê propício a mim, pecador", ou seja, reconheceu sua penitência.
   Portanto, a graça de Deus é eterna, porque ela foi planejada antes de ser exercida (
Tm 1.9); é livre ou gratuita, pois ninguém a pôde comprar jamais (Rm 3.24); e é soberana, porque Deus a exerce em favor daqueles a quem lhe apraz, e a esses a concede (Rm 5.21).
  A vida eterna é um dom e, portanto, não pode ser obtida pelas obras, nem reivindicada como um direiro. Êxodo 33.19 diz: " Terei misericórdia(graça) de quem eu tiver misericórdia e me compadecerie de quem eu me compadecer".

  A Deus toda a Glória.                 





















sábado, 8 de maio de 2010

O Maior Homem do Mundo ( Lc 7.24-35 ).

  Quem ele é? Será que o encontramos na galeria dos mestres gregos, 
como:
- Sócrates, com o seu método de descobrir a verdade (aprendizado) com perguntas desafiadoras; 
- Platão, com sua teoria das idéias;
- Aristóteles, com as leis fundamentais da lógica?  

   Seria  talvez:
- Agostinho, o doutor da igreja;
- Descartes, com a famosa frase : "Penso, logo existo"?

   Ou ainda, aqueles que mancharam a terra de sangue, como: 
-Os césares romanos, em sua ambição de conquistar o mundo;  
- Mussolini, ditador italiano; 
- Adolph Hittler, o general alemão;     
- Mao Tse Tung, imperador chinês? 

  Esses homens governaram com mão de ferro e punhos de aço. Conquistaram cidades, povoados, e com truculência fizeram tremer a terra com suas marchas triunfais. Só a mênção de seus nomes causa ainda hoje profunda dor em muitos corações. Eles foram temidos, mas não amados; foram grandes na terra, mas desprezados no  céu. 

   Seria ainda:
- Os Puritanos, movimento que pregava a Escritura e defendia o viver cristão de acordo com o que nela estava escrito; ( Jonh Bunyan);
- Os reformadores, Lutero, Calvino, Teodoro de  Beza, Guilherne Farel, Ulrich Zwinglio, Felipe Melancton, Jonh Knox, Jonh Huss;
- Jonathan Edwards, Martin Luther King, Berkof?

   O maior homem do mundo não é nenhum desses. Não se encontra entre os patriarcas, nem na escola de profetas, nem nos brilhantes apóstolos, nem nos pais da igreja. Então, onde o encontramos?

   O registro de Lucas 7 nos apresenta toda sua história, a história de Joaõ Batista.
1. Seu nascimento foi um milagre de Deus, foi predito pelos profetas do V. Testamento (Ml 3.1, 4.5-6); Seus pais eram pessoas piedosas, apesar de sua mãe ser estéril e avançados em idade; seu nascimento foi proclamado por um anjo de Deus em resposta as orações de seu pai; seu nascimento trouxe um profundo impacto na vida da família e do seu povo (Lc 1.14-17); era grande diante do Senhor; cheio do Espírito Santo desde o ventre materno; precursor do Messias e nazireu.

2. Sua vida foi um exemplo. Cheio do Espírito Santo (Lc 1.15); ele não era cheio de nenhuma outra coisa a não ser do pleno conhecimento de Deus (Ef 5.18); pregou para uma geração corrompida pela política, pelo governo; social, moral e espiritualmente corrompidos (Lc 3.1-2); era um pregador incansável, um arauto destemido que não pregava apenas para os pobres e miseráveisespiritualmente, mas também para os ricos avarentos, roubadores, usurpadores; o resultado de suas pregações eram estupendos; arrastava as multidões para o deserto, afastando-os de suas residências e comodidades; não pregava para entreter e nem agradar; sua mensagem confrontava seus ouvintes; pregava sobre a necessidade de arrependimento, juízo de Deus e ira vindoura; reconhecia sua posição como precursor do Messias, e era homem igual a nós.

3. Sua morte foi um mistério.(Mc 6.21-29). Para o mundo, joão Batista foi um fracassado, não deixou filhos, riquezas, morreu jovem, solitário; foi  o último profeta do Velho Testamento, homem simples, que havia sido escolhido por Deus para preparar seu povo para a chegada do Rei de Israel; um mártir que tombou na terra, mas foi levantado no céu como príncipe." ... dentre os nascidos de mulherm ninguém é maior do que João Batista, mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele".

  A morte não coloca um fim na vida dos servos de Deus, pelo contrário, aqueles que morrem por causa de sua fidelidade a Deus, são considerados bem-aventurados(Ap 14.13). Por isso, João Batista é um verdadeiro exemplo de altruísmo cristão, não oscilou e nem temeu as consequencias de suas pregações, antes cumpriu com o seu ofício: PROFETA. A nossa geração também precisa de pregadores ousados na Palavra, que ao invés de tentarem agradar os seus auditórios, exerçam com fidelidade a sua missão: "... prega a Palavra..."


Soli Deo Gloria.









sexta-feira, 30 de abril de 2010

Plena Satisfação em Deus( Sl 90.1-2)

Moisés testemunhou geração após geração do povo de Israel a infalível manifestação e o cuidadoso zelo de Deus para com esta nação escolhida e muito amada por Ele. Os milagres, a pronta providência, a concessão do decálogo, as muitas privações com objetivos determinados, os muitos acontecimentos estupendos e sobrenaturais, as contundentes e incontestáveis provas da presença de Deus no meio do seu povo, o cuidado paterno: de dia uma nuvem e a noite, uma coluna de fogo, dentre outros.  Por tudo isso e muito mais, Moisés  no fim de sua vida pôde adorar a Deus tributando-lhe louvor e ações de graças por sua infinita e eterna misericórdia. O ministério deste homem não foi fácil, pois em suas mãos tinha a responsabilidade de cuidar de um povo que dependendo da situação, muito oscilava. Observamos que, em muitos momentos da caminhada de Israel pelo deserto, houve reclamações por causa de comida, de água, de conforto, trazendo assim sobre aquela geração a impossibilidade de apropriar-se das inconfundíveis e incontestáveis promessas de Deus.  

   Para muiots, foi um tempo passado, de fato. Mas o Deus daqueles tempos é o mesmo Deus de nossa geração. Geração moderna que a todo custo procura valorizar os padrões do mundo em detrimento aos divinos. Por isso, é imprescindível vivermos plenamente satisfeitos em Deus, confiarmos em suas promessas porque Ele faz novas todas as coisas. Mas eis que surge uma pergunta: Por que muitos ainda não perceberam que só temos plena satisfação e gozo se estivermosem Deus? A verdade é que:  
   1. Precisamos crer que Deus é pleno de poder( Ef. 3.20); na sua Palavra há promessas de bem-aventurança(Sl 65.4); a concessão de privilégios são para aqueles que entendem que Cristo é a única fonte que sacia a sede e que precisamos desta água (Palavra) que norteia a piedade cristã(Jo 4.14); o poder de Deus vai além das nossas perspectivas e entendimento pois sua cota de bênçãos nunca se esgota.
  
   2. Sua ação independe das volições humanas. O que isso quer dizer? Quer dizer que Deus não existe ou está a nossa disposição para realizar os nossos caprichos e vontades ( Is.40.22-23); Ele é poderoso e infinito;

   3. As suas promessas são para aqueles que vivem piedosamente(2 Tm 3.12); crendo e esperando no Senhor(Sl 40); não permitindo que a falta de fé seja a causa principal para não alcançarmos as promessas de Deus(Sl 90.7).   

   Moisés por um longo período testemunhou dos feitos poderosos de Deus. Homens durante toda a história também experimentaram desse favor imerecido, ou seja, viveram plenamente satisfeitos em Deus, mas para que isso pudesse acontecer, era necessário crer para ver, como bem disse Agostinho de Hipona: "A compreensão é a recompensa da fé".  

   Que Deus se digne em nos abençoar.



















   









sábado, 24 de abril de 2010

Os Puritanos e o Propósito do Sexo no Casamento

O  movimento puritano não se preocupava ou limitava-se apenas com as questões de cunho eclesiástico ( salvação, regeneração, doutrina etc), mas também com as questões referentes ao convívio humano num plano horizontal (relacionamento). Entendendo que o homem possui uma natureza decaída, todas as faculdades forma prejudicadas devido ao pecado, devido o seu crescimento e o poder destruídor que ele tem, deixando com isso consequencias devastadoras e permanentes no homem. 

    A contribuição distintiva dos Puritanos dentro desta estrutura foi mudar a ênfase primária da procriação para o companheirismo. A idéia de banalização do sexo e do casamento não existe somenteem nosso tempo, eles também enfrentaram problemas semelhantes aos de nossos dias. Enquanto o mundo (autores seculares, mídia, universidades, centros de ensinos, etc), tenta mudar o sentido do plano de Deus para a humanidade, o movimento Puritano sustentava e sustenta, através de seus seguidores, a idéia bíblica de que o companheirismo no casamento - "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gn 2.18)  tinha a primazia em relação procriação- "Sede fecundos e multiplicai-vos" (Gn1.28), vindo esta em seguida.  

   Na doutriva católica Romana, a única coisa que havia salvo o sexo no casamento era a procriação de filhos. Os Puritanos discordaram. William Perkins afirmou que "alguns escolásticos erram ao sustentar que a união secreta do homem e da mulher não pode ser pecado a menos que seja feita para a procriação de filhos". 

   Se a principal finalidade do sexo no casamento é a expressão de amor e companheirismo mútuos, é uma perversão do sexo reduzí-lo a um ato meramente físico. Perkins escrevendo sobre este assunto e disse: "Nada é mais vergonhoso do que amar uma esposa como se ela fosse uma prostituta". E ainda sobre esse tema certo autor escreveu: "Embora a copulação seja considerada entre os fins do casamento, entretanto o ato em si numa correta avaliação não pode ser mais matrimonial do que é um efeito do amor conjugal. Quando o amor...Se desvanece,... o ato carnal de fato pode continuar, mas não santificado, não puro, não apropriado ao sagrado laço do matrimônio, sendo quando muito nada mais que uma excreção animal".


  Enfim, como entendendemos este assunto  numa época em que todos os valores bíblicos são deixados de lado em detrimento dos conceitos do mundo?. Comente.




                                                                                                                Por Ronicleudo de Carvalho.






domingo, 18 de abril de 2010

O Modernismo e a Inerrância Bíblica

Um dos maiores inimigos do cristianismo atual é o modernismo ou liberalismo cristão. Na verdade, poderia-se dizer que o liberalismo cristão tem causado mais danos às denominações e instituições protestantes do s´culo XX do que qualquer outro movimento herético. O que é liberalismo cristão? O liberalismo cristão é parte de um movimento religioso, político e cultural mais amplo na Europa e então na América, que tem sua base na visão de mundo humanista secular, ou ainda, movimento baseadona suposição de que o cristianismo pode ser conciliado com as aspirações humanas positivas, dentre as quais a busca de autonomia. O liberalismo deseja adaptar a religião ao pensamento e à cultura moderna, desejando com isso uma sociedade transformada sobretudo pelo aspecto ético e não pelo amor de Deus. A razão pela qual os historiadores e teólogos referem-se ao liberalismo cristão como modernismo é o fato de que os liberais cristãos tem comprado e adotado a visão de mundo secular moderna. Eles tem adaptado seus ensinamentos para refletirem o espírito desta era. O que ocorreu com as denominações que adotarma o modernismo foi uma ersão séria da fé em Cristo e o emparelhamento da bíblia com a nova fé nos pressupostos do progressivismo e naturalismo. Isto envolveu a fé na humanidade. As "descobertas" do homem na ciência, indústria, ciências sociais e econômicas introduziram um milênio humanista. Algumas caracteristicas comuns do modernismo cristão são uma crença na evolução darwiniana, estatismo( comunismo, socialismo...), alto criticismo negativo, etc.

Porque o modernismo ainda é força religiosa mais dominante na academia, governo civil e na mídia nos dias de hoje, um estudo e refutação de alguns dos seus ensinamentos mais proeminentes se torna necessário. Além disso, as lições teológicas que deveriam ter sido aprendidas das batalhas teológicas entre modernistas e fundamentalistas (c. 1870-1940) não o foram por muitas pessoas, porque novas formas de modernismo ainda estão destruindo as instituições cristãs e denominações. No entanto, cabe a nós, zelarmos e lutarmos por um cristianismo autêntico e verdadeiro, sem maquiagem, sem mentiras, sem pano de fundo. A verdade de Deus é absoluta e a proposta do seu Reino é inquestionável. Olhamos para o passado e vemos que resquicios do mesmo rodeia e põe em perigo a vida de muitos. Por isso, necessario se faz uma abordagem bíblica-expositiva que traga à lume e a consciência dos cristãos um verdadeiro padrão de paixão e piedade. Muitos estão vivendo o "novo", e porque estão vivendo o "novo" estão morrendo espiritualmente, se afastando da sã doutrina, mas o que é novo não é bíblico, e o que é biblico é antigo. O nosso Deus é o Deus de toda eternidade (Sl 90.2) (grifo meu). 


                                                                 Rev. os Puritanos e comentário de Ronicleudo de Carvalho.


terça-feira, 13 de abril de 2010

A Oração do Cristão

A Oração do Cristão.
" E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tú, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, oraras a teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará". Mt 6.5-6.

Neste segundo exemplo de justiça( o primeiro refere-se as esmolas) "religiosa", Jesus descreve dois homens orando. Novamente, a diferença básica é entre a hipocrisia e a realidade. Ele põe em contraste o motivo das orações e as suas recompensas.
   O que ele diz sobre os hipócritas parece ótimo à primeira vista: "gostam de orar". Mas infelizmente não é a da oração que eles gostam, nem do Deus a quem supostamente estão orando. Não, eles gostam de si mesmos e da oportunidade que a oração pública lhes dá de se exibirem.
   Naturalmente, a disciplina da oração regular é uma coisa boa; todos os judeus devotos oravam tres vezes por dia, como Daniel. E não havia nada de errado em ficar de pé para orar, pois era a posição costumeira dos judeus para isto. Nem estavam necessariamente errados quando oravam nos cantos das praças ou nas sinagogas, se sua motivvação fosse acabar com a segregação da religião e expressar que reconheciam Deus estar presente mesmo fora dos lugares santos, isto é, na vida secular cotidiana. Mas Jesus desmacarou as suas verdadeiras motivações, quando ficavam de pé na sinagoga ou nas ruas com as mãos erguidas para os céus, a fim de serem vistos dos homens. Por trás da sua piedade, espreitava o seu orgulho. O que realmente desejavam era o aplauso. E o conseguiam. " Já receberam a recompensa".
   O farisaísmo religioso não está morto. A acusação de hipocrisia tem sido jogada inúmeras vezes sobre nós, os frequentadores de igrejas. É possível ir à igreja pelos mesmos motivos errados que levavam os fariseus à sinagoga: não para adorar a Deus, mas para obter uma reputação de piedade. E possível vangloriar-nos de nossas devoções particulares pelo mesmo motivo. O que se destaca é a perversidade de toda prática hipócrita. Dar louvor a Deus, tal como dar esmolas aos homens, é um ato autentico por si só. Um outro motivo qualquer destrói os dois. A religião e a caridade transformam-se em uma exibição. Como podemos fingir que estamos que estamos louvando a Deus, quando, na realidade, estamos preocupados com o louvor dos homens?
   Como, então, os cristãos devem orar? Entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás, disse Jesus. Devemos fechar a porta para não sermos perturbados e distraidos, mas também para fugir aos olhos dos homens e para ficarmos a sós com Deus.
   Por trás de toda oração verdadeira está a cnversa com Deus, que se inicia assim:
                                                           " Ao meu coração me ocorre:
                                                             Buscai a minha presença;
                                                             Buscarei, pois, Senhor,
                                                             A tua presença". Sl 27.8            

                                                                                                           Jonh Sttot: Sermão do Monte (ABU) 









                                                               

                    




domingo, 11 de abril de 2010

SEPARAI-VOS

   o crente, embora esteja no mundo, não é do mundo. Ele deveria ser distinguido do mundo nos grandes objetivos de sua vida Para o crente, o viver tem deser Cristo (Fp 1.21). Quer beba, quer coma, quer faça alguma outra coisa, o crente deve fazer tudo para a glória de Deus (1Co.10.31). Você pode acumular tesouros, mas, no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrói, e onde ladrões não podem escavar, nem roubar (Mt 6.20). Talvez você queira se esforçar para ser rico, mas a sua ambiçao deve ser tornar-se rico na fé (Tg 2.5) e nas boas obras (1 Tm 6.18) Você pode desfrutar de prazeres; quando, porém, você se alegrar, cante salmos (Tg 5.13) e, em seu coração, faça melodias ao Senhor (Ef 5.19)
    
    Em seu espírito, bem como em seus propósitos, você deve ser diferente do mundo, esperando humildemente em seu Deus, sempre consciente de sua presença, deleitando-se na comunhão com Ele. Procurando conhecer a vontade dele, você comprovará que é membro da raçacelestial. Também deve ser separado do mundo em seus atos. Se algo é certo, você tem de fazê-lo, embora venha a sofrer perdas. Se algo é errado, ainda que resulte em ganhos, você tem  de rejeitar o pecado por amor ao seu Senhor. Você não deve ter comunhão com as obras infrutíferas das trevas, e sim reprová-las.


    Ande de modo digno da sua chamada e posição (Ef 4.1). Lembre-se, você é um filho do Rei dos reis. Portanto, mantenha-se limpo do mundo. Não manche os seus deods que logo tocarão cordas celestiais. Não permita que seus olhos, os quais em breve contemplarão o REI em sua glória, tornem-se janelas de concupiscência. Não permita que seus pés, que logo caminharão nas ruas de ouro, sejam maculados em lugares lamacentos. Não permita que seu coração, o qual em breve será enchido pelas coisas celestiais e transbordará de regozijo, encha-se de orgulho e infelicidade.


Deus te abençoe.


                                                                                                                                         C. H. Spurgeon

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Duro é este discurso...

ronireformado.blogspot.comA deserção neste caso foi por causa da doutrina... A verdade era dura demais para eles, não podiam suportá-la. "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?"( João 6.60). Um discípulo verdadeiro senta-se aos pés do seu Mestre e crê no que lhe é dito, mesmo quando não consegue compreender o sentido, ou não vê as razões pelas quais o seu Mestre o diz; mas estes homens não tinham o espírito essencial de discipulo, e, consequentemente, quando o seu instrutor começou a desvendar as partes mais recônditas do rol da verdade, eles não quiseram ouvir a Sua leitura delas. Eles estariam dispostos a crer quando pudessem entender, porém quando não puderam compreender, giraram nos calcanhares e se foram da escola do Grande Mestre. Além disso, o Senhor Jesus Cristo tinha ensinado a doutrina da Soberania de Deus e da necessidade do Espírito de Deus para que os homens sejam levados a Ele, "porque bem sabia Jesus, desde o princi´pio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair. E dizia: por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido"(João 6.64-65). Aqui o nosso Senhor proferiu um bocado da velha e antiquada doutrina da livre graça, doutrina da qual hoje em dia o povo não gosta. Chamam-na "Calvinismo", e a colocam de lado, entre os velhos dogmas recebidos, dos quais esta época iluminada nada sabe. Que direitos eles tem de atribuir ao reformador de Genebra uma doutrina velha como os montes eu não sei. Mas nosso Senhor nunca hesitou em arremessar essa verdade no rosto de Seus inimigos. Disse-lhes Ele: "Vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo dito", "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o troxer". Aqui diz claramente que não poderão vir a Ele, a não ser que o Pai lhes dê a graça para virem. Essa doutirna humilhante eles não puderam aceitar, e por isso foram embora (João 6.66)


                                                                                                             Extraído sermão de C. H. Spurgeon. Revista Os Puritanos.






sexta-feira, 2 de abril de 2010

Por Que o justo Sofre?

  No âmago da mensagem do livro de Jó, acha-se a sabedoria que responde à questão a respeito de como Deus se envolve no sofrimento humano. Em cada geração, surgem protestos, dizendo: "Se Deus é bom, não deveria haver dor, sofrimento e morte neste mundo". Com este protesto contra as coisas ruins que acontecem a pessoas boas, tem havido tentativas de criar um meio de calcular o sofrimento, pelo qual se pressuõe que o limite da aflição de uma pessoa é diretamente proporcional ao grau de culpa que ela possui ou pecados quecometeu. No livro de Jó, o personagem é descrito como um homem justo; de fato, o mais justo que havia em toda terra. Mas Satanás afirma que esse homem é justo somente porque recebe bênçãos de Deus. Deus o cercou e o abençoou acima de todos os mortais; e, como resultado disso, Satanas acusa Jó de servir a Deus somente causa da generosa compensação que recebe de seu Criador. 
   Da partedo maligno, surge o desafio para que Deus remova a protção e veja que Jó começará a amaldiçoá-lo. À medida que a história se desenrola, os sofrimentos de Jó aumentam rapidamente, de mal a pior. Seus sofrimentos se tornam tão intensos, que ele se vê assentado em cinzas, amaldiçoando o dia de seu nascimento e clamando com dores incessantes. O seu sofrimento é tão profundo que até a sua esposa o aconselha a amaldiçoar a Deus, para que morrsse e ficasse livre de sua agonia. Na continuação da história, desdobram-se os conselhos que os amigos de Jó lhe deram - Elifaz, Bildade e Zofar. O testemunho deles mostra quão vazia e superficial era a sua lealdade a Jó e quão presunçosos eram em presumir que o sofrimento indiscritível de Jó tinha de fundamentar-se numa degeneração radical do seu caráter. 
   Eliú fez discursos que traziam consigo alguns elementos da sabedoria bíblica. Todavia, a sabedoria final encontrada neste livro não provém dos amigos de Jó, nem de Eliu, e sim do próprio Deus. Quando Jó exige uma resposta de Deus, este lhe respondem com esta repreensão: "Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem con hecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber" (jó 38.2,3). O que  resulta desta repreensão é o mais vigoroso questionamento já feito pelo Criador a um ser humano. A princípio, pode parecer que Deus estava pressionando Jó, visto que Ele diz: "Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? (v.4). Deus levanta uma pergunta após outra, e, com suas perguntas, reitera a inferioridade e subordinação de Jó. Deus continua a fazer perguntas a respeito da habilidade de Jó em fazer coisas que lhe eram impossíveis, mas que Ele podia fazer. Por ultimo, Jó confessa que isso era maravilhoso demais. Ele disse: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (42.5-6). 
   Neste drama, é digno observar que Deus não fala diretamente a Jó. Ele não diz: "Jó, a razão por que você está sofrendo é esta ou aquela". Pelo contrário, no mistério deste profundo sorfrimento, Deus responde a Jó revelando-se a si mesmo. Esta é a questão do sofrimento - a resposta não é por que tenho de sofrer deste modo particular, nesta época ou circunstância específicas, e sim em que repousa a minha esperança em meio ao sofrimento. 
   A resposta a essa questão provém claramente da sabedoria do livro de Jó: o temor do Senhor, o respeito e a reverência diante de Deus, é o princípío da sabedoria. Quando estamos desnorteados e confusos por coisas que nãoentendemeos neste mundo, não devemos buscar respostas especificas para questões específicas, e sim buscar conhecer a Deus em sua santidade, em sua justiça e em sua misericórdia. Esta é a sabedoria de Deus que se acha no livro de Jó.



   





Amor que constrange

   O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte Dele - nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados ('constrangidos') pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.
   Um cristão é uma pessoa que vive sob o constragimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor - passado, presente, futuro.
   Veja como Charles Hodge expressou isso: "Um cristão é alguem que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive".
   Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.