"Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque Ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra". J. Calvino


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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

493 anos de Reforma Protestante e a importância de sua mensagem para os dias de hoje

Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero pregou as suas hoje famosas 95 teses na porta da catedral de Wittenberg. Periodicamente as igrejas evangélicas relembram aqueles eventos que, na soberana providência de Deus, preservaram viva a Sua Igreja. Muitos, entretanto, questionam essas comemorações e alguns chegam até a contestar a lembrança da Reforma. Então, por que considerar o que aconteceu há quase 500 anos?

Seguramente, muitos não estudam a Reforma Protestante por mero desconhecimento do fato, por falta de informação ou por não se aperceberem da sua importância na vida daIgreja e da humanidade. Outros há que procuram um esquecimento voluntário daqueles eventos do século XVI. Martin Lloyd-Jones nos fala que entre aqueles que rejeitam a memória da Reforma temos, basicamente, dois tipos de argumentação:
1- Dos que dizem que o passado nada tem a nos ensinar;
2- Dos que vêem a Reforma como uma tragédia na história religiosa da humanidade.
Para os primeiros, somente o progresso científico e o futuro nos interessam. Firmadas em uma mentalidade evolucionista, estas pessoas partem para uma abordagem histórica de que o presente é  melhor do que o passado. Eles nada enxergam na história que possa nos servir de lição, apoio, ou alerta. Já para os segundos, devemos estudar a unidade e não um movimento que trouxe a divisão e o cisma ao cristianismo. Para eles, perdemos tempo quando nos ocupamos de algo "tão negativo".

Podemos dar graças , entretanto, pelo fato de que um pequeno segmento da igreja ainda acha importante relembrar e aplicar as questões levantadas pelos reformadores. Contudo, segundo Lloyde-Jones nos alerta para um perigo que ainda existe no interesse pelos acontecimentos que marcaram o séc. XVI. Na realidade, ele nos confronta com uma forma errada e uma forma certa de relembrar o passado, do ponto de vis ta religioso.

A forma errada seria estudar o passadp por motivos meramente históricos. Alguém pode olhar para trás e luvar homens famosos, mas isso pode ser pura hipocrisia se não aceitar, no presente, aqueles que pregam a mensagem de Lutero e de Calvino. Somos mesmo admiradores da Reforma promovida por aqueles grandes profetas de Deus?

A forma correta de relembrar a Reforma é, portanto, verificar a mensagem, a Palavra de Deus como foi pregada, e isso não apenas por um interesse histórico, mas com o bom propósto de imitar a fé ali demonstrada. Devemos observar esse evento e aqueles homens, para aprender e seguir os seus exemplos, discernindo sua mensagem e aplicando-a aos nossos dias.

Ao Deus atemporal seja o louvor.

(extraído do site Monergismo)