"Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque Ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra". J. Calvino


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segunda-feira, 24 de maio de 2010

SOLA GRATIA (Ef. 2.1-10)

   A graça divina éo soberano favor de Deus exercido na dádiva de bênçãos a pessoas que não tem em si mérito nenhum, e pelas quais não se exigedelas nenhuma compensação. É completamente imerecida, não é procurada de modo nenhum e não é atraida por nada que haja nos objetos aos quais é dada, por nada que deles provenha, e tampouco pelos próprios objetos. Não pode ser comprada, nem obtida e nem conquistada pela criatura. Se pudesse, deixaria de ser GRAÇA.
   No texto lido e em outros escritos do apóstolo Paulo, a graça de Deus está em total oposição às obras e merecimento. Rm 11.6 diz :" E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça". É tão impossível unir graça e as obras (para a soteriologia), quanto unir óleo e água. 
   Este assunto ganhou uma importância grandiosa no período da Reforma Protestante, quando se pregava que a salvação podia ser obtida através ou por meio de indulgências ou por outros tipos de atos piedosos. Vejamos o que alguns reformadores pensavam a respeito do assunto:
  Lutero: dizia ele que o homem decaído é por natureza capaz de fazer muitas coisas boas e louváveis(esfera terrena), embora seja inteiramente incapaz de fazer qualquer bem espiritual;
  Zuinglio: entendia o pecado como corrupção, e não como culpa, e considerava a graça de Deus como santificante e não como graça salvadora;
  Calvino: Discordava deles. Ele sustentava que o homem natural não pode, por si mesmo, fazer nenhuma boa obra  e insistia vigorosamente na natureza particular da graça salvadora.

   Exposição das Escrituras
   Efésios 2.1-10. Salvação pelas obras de Deus. Os efésios alcançaram a salvção por meio da fé. De um lado, Deus, e do outro, o homem. Deus declara que não nos deve nada; de modo que a salvação não é um galardão ou recompensa, mas simplesmente graça. Não deveríamos, pois, manter silêncio acerca do livre arbítrio, das boas intenções, das preparações inventadas, dos méritos e das satisfações?
   A fé põe diante de Deus um homem totalmente vazio, nú, pobre, cego, morto, para que ele seja preenchido com as bênçãos de Cristo, o autor da salvação (Ef.2.1).

   Atos 20.24.  A graça é proclamada no evangelho. Para o judeu, um escândalo, para o grego filósofo e presunçoso, loucura. Por que? Porque não há nada no evangelho que se preste para gratificar o orgulho do homem. Ele anuncia, que se não formos salvos pela graça, não seremos de modo nenhum. Ele trata o homem como criminosos, culpados, condenados e mortos. Todo descendente de Adão é pecador decaído. A graça que divulga o evangelho é a sua única esperança.

   Lucas 18.10-14. O fariseu e o publicano. As atitude mentais que mais milita contra o arrependimento são a justiça própria e a presunção. Jesus mesmo ilustrou esta autopercepção com esta parábola. O fariseu apenas reconhece suas boas ações, maas permanece cego diante de suas falhas e pecaminosidade. Por não ver a sua necessidade de Deus nem de sua graça, não os encontra. Em contrapartida, o publicano que era tão mal visto pelos judeus, em sua oração, não ousava nem levantar os olhos aos céus, mas batia no peito dizendo: "Ò Deus, sê propício a mim, pecador", ou seja, reconheceu sua penitência.
   Portanto, a graça de Deus é eterna, porque ela foi planejada antes de ser exercida (
Tm 1.9); é livre ou gratuita, pois ninguém a pôde comprar jamais (Rm 3.24); e é soberana, porque Deus a exerce em favor daqueles a quem lhe apraz, e a esses a concede (Rm 5.21).
  A vida eterna é um dom e, portanto, não pode ser obtida pelas obras, nem reivindicada como um direiro. Êxodo 33.19 diz: " Terei misericórdia(graça) de quem eu tiver misericórdia e me compadecerie de quem eu me compadecer".

  A Deus toda a Glória.                 





















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