Pesquisas recentes nos informam que aproximadamente 963 milhões de pessoas continuam a ter fome ou a passar graves carências alimentares, o que representa uma "grave crise alimentar" que tende a se agravar e para a qual é necessário um esforço global. Quando pensamos em fome, o que nos vêm a mente a princípio é o continente africano, embora existam países que tem seu potencial financeiro, como é o caso daqueles que extraem petróleo em escala suficiente para sua sustentabilidade econômica. Mas fome não existe apenas por lá, em outras partes do mundo(América, Ásia, Europa...) também constata-se essa desigualdade econômica-social, onde muitos desperdiçam e outros são totalmente desprovidos.
A minha humilde reflexão e questionamentos não se limita especificamente apenas nesse contexto de provisão alimentar. Quero direcionar meus rabiscos à questões que , particularmente, considero importantíssimo para a reflexão dentro da comunidade cristã.
Analisando o texto ao qual faço referência(1 Pe 5.2a), não é muito diferente em nossos dias testemunharmos fatos de natureza grave e preoculpante, fatos estes que são corriqueiros no meio da igreja do Senhor Jesus, que merece uma atenção especial ed nossa parte. A admoestação do apóstolo Pedro para aqueles presbíteros que cuidavam do rebanho de Deus era para que exercessem o ministério com altruísmo e diligência, cumprindo com a responsabilidade que lhes havia sido confiada.
Temos total consciência que cuidar do rebanho de Deus não é tarefa tão fácil como alguns ou, ainda, muitos pensam. Cuidar individualmente de cada um, zelar pela vida espiritual do conjunto, torna-se muitas vezes difícil mas não é impossível, desde que se reconheça o chamado e vocação para tal função no reino de Deus.
Contudo, o que nos causa maior indignação, desconforto e desapontamento, é o fato de que certos pastores e líderes e ainda aqueles que com certa arogância e prepotência se auto denominam" ministros", o que de fato podem até ser, é saber que muitos não estão exercendo o seu ofício de forma exemplar e piedosa como o texto citado acima nos revela e nos admoesta. Pastorear o rebanho de Deus é diuturnamente fazê-lo por vontade livre e espontânea.
Encontramos rebanhos totalmente famintos, não do alimento sólido, mas principalmente daquele que gera vida, nutre, vitaliza, dar força ao cansado, edifica, e fortalece o espírito do cristão, ou seja, a Escritura Sagrada. Daí, surge-nos uma indagação: "Onde estão aqueles que tem a responsabilidade de alimantar o rebanho de Deus, ou, o que estão fazendo? A resposta encontramos à nossa volta e bem diante de nós. Muitas ovelhas do aprisco do Senhor estão morrendo em suas casas, não por falta de vontade de ir à igreja ou por serem rebeldes, mas porque não são assitidas suficientemente. Muitos líderes querem apenas que as ovelhas façam sacrifícios muitas vezes impossíveis, enquanto eles, nenhum. Têm-se zelo por tudo, encontra-se tempo pra tudo, menos para o rebanho de Deus, que é a causa principal da existência daqueles que são separados por Deus para guardar seus servos : os pastores.
Muitos tem visto no ministério uma saída para o desemprego, uma profissão, um jeito mais fácil de se ganhar dinheiro com mais facilidade sem grande esforço. Para estes a premissa é: "Quanto mais gente, mais dinheiro". O que encontramos em muitos é displicência, omissão, preguiçosos no que diz respeito ao esmero do estudo da bíblia para ter o que ensinar, visão de que a recompensa maior não a princípio aquele gordo e bom salário no fim do mês, mas em ver um povo espiritualmente sadio, satisfeito com Deus, reluzindo a glória de Cristo em seus rostos, ver pecadores arrependidos de seus pecados e sendo enxertados na videira verdadeira, famílias restauradas, casamentos consolidados, filhos obediêntes, pais conscientes, departamentos progredindo para a glória de Deus, cultos animados pela presença gloriosa do Espírito Santo,etc. Mas para que isso aconteça, é preciso que exerçam com fidelidade o ministério, alimentando o rebanho de Deus com a Palavra que edifica vidas, promove mudanças e estimula a santificação e obediência, só assim teremos pessoas com pés e joelhos espiritualmente fortes e saudáveis.
Termino dizendo que o rebanho precisa de alimento, cuidado, remédio, proteção, direção e conselho. E onde encontramos tudo isso? Na Palavra de Deus, sem ela o povo fica vulnerável à desvios e afastamentos. Igrejas sadias são frutos de púlpitos muito bem usados.
À Deus toda glória. Amém.
Por Presbítero Ronicleudo
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" Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: " O teu Deus reina ". Is 52.7
"Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque Ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra". J. Calvino
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2 comentários:
O irmão foi muito feliz em postar "A Escasses de Alimento " porque de fato e infelizmente é uma realidade que nós não podemos negar sobre o tamanho descaso que há hoje nas igrejas por parte da institução que se deixou levar sorrateiramente pelo pos modernismo que assola ministérios com suas novidades não biblicas, e "pastores" que negligentemente se acostumaram com seus gabinetes e deixam de ser chamados por Deus para uma obra especifica para serem conformados com esta nividades que não tem nada haver com Deus nem tão pouco com a sua palavra. A sã doutrina certamente jamais prevalecerá, até que as igrejas sejam melhor providas de pastores qualificados que possam desempenhar com seriedade o ofício de pastor.
Paz....
Belo blog...estarei seguindo teus artigos...
Visite-nos no samueleudoxio.blogspot.com.....que Deus continue lhe abençoando!!!
Ev Samuel....
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