"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão" 1 Co. 15.58
Um dos maiores problemas que cercam a igreja do Senhor em nosso tempo é o que conheço como "superficialidade". Não foi atoa que o apóstolo Paulo por meio da revelação de Deus chamou a atenção da igreja de Corinto. Uma igreja rica, que possuia todos os dons espirituais, localizada em um dos principais pólos de comércio, inserida em uma cultura muito diversificada, com bastante capacidade de crescimento e expansão, mas que chegou um período em que preciso foi receber de Deus um puxão de orelha, uma exortação e ao mesmo tempo um incentivo para o desenvolvimento espiritual, o cultivo da vida cristã baseada nas páginas da santa bíblia, o retorno as obrigações do cotidiano local com ênfase pricipal na responsabilidade individual de cada membro daquela comunidade.
Inconstâcia é algo que todos nós já experimentamos em nossa vida. Mas positivamente passo a refletir e concluir que, muitos têm-se deixado levar por este mal. A vida cristã é cercada de incentivos vindos da parte de Deus, temos o auxílio do Espírito Santo como nosso ajudador e consolador, mas mesmo assim, para muitos, parece que é difícil pensar de forma conclusiva que se não agirmos conforme Deus nos instrui, de fato, não temos condições de desfrutarmos de sua bondade e misericórdia.
As circunstâncias de nosso tempo muitas vezes tem ditado o rítmo do nosso serviço à Deus. Muitas são as desculpas, como por exemplo: meu tempo é curto; trabalho demais; tenho casa, filhos para cuidar; faculdade; cursinho, etc. O resultado disso tudo é uma vida cristã pobre devido ao afastamento da comunidade, um esfriamento espirital muitas vezes irreversível.
O que acontece com um grupo de pessoas que não se interessa, não se importa com sua saúde e bem-estar espiritual? Para darmos essa resposta não é preciso queimar muito os neurônios. Basta darmos uma olhada à nossa volta e logo perceberemos a realidade dos fatos: cristãos vulneráveis à crises e tensões da vida moderna.
A maior vitória que graciosamente nos foi dada pelo nosso Deus, foi a salvação de nossas almas, que tão bondosamente nos resgatou da morte eterna (Ef.2.8-9), nos autorizando a entrada nos tabernáculos eternos.
Firmeza e constância é o que Deus requer de nós no que se refere ao seu serviço. Todas as nossas ações e labutas no reino de Deus, por menores que sejam, tem um valor inestimável para Deus, desde que sejam feitas com amor, dedicação, zelo, compreensão, espírito voluntário, servindo com liberalidade e paixão. O grande e absoluto segredo é termos a certeza de que, se estivermos fazendo para o Senhor, estamos no caminho certo e sob a motivação do seu Santo Espírito (Ef.5.19).
Portanto, nunca é tarde para dar meia volta em direção à voz de Deus. Escute sua voz por meio da Palavra. Ouça e sinta o mover do seu Espírito. Deus nos chama a responsabilidade como despenseiros que somos, à retomarmos nossa posição em suas trincheiras, não abrindo mão de pricípios que consideramos extremamente fundamentais e imprescindíveis para um viver santo, irrepreensível, e acima de tudo, agradável à Ele.
Neste momento, estou ouvindo a bela música do Grupo Logos: Mão no Arado, sei que você a conhece. E quem não a conhece? A parábola que a musica se refere ilustra muito bem o que até aqui tenho exposto para nossa reflexão. Como disse o famoso pregador congregacional Jonatan Edwards : "Luz na cabeça e fogo no coração", quando referia-se ao exercício da vida cristã e da fidelidade a Deus em fazer evidenciar a vocação daqueles que por ELE foram chamados para viverem de acordo com as premissas e bem-aventuranças do reino de Deus. No reino de Deus não existe grande ou pequeno, preto ou branco, rico ou pobre, todos fazemos parte daquela grande multidão descrita pelo apóstolo João em Apocalípse, multidão esta que brevemente habitará à nova morada celestial (Jo.14).
Que Deus em Cristo nos bençõe.