"Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque Ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra". J. Calvino


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sábado, 29 de maio de 2010

Perseverai (João 6.35-40)

   A maioria de nós conhecemos pessoas que um dia fizeram uma profissão de fé em Cristo e que provavelmente tiveram uma forte manifestação de fé, chegando até a tornarem-se ativos na vida e no ministério da igreja, e que por algum problema meis tarde repudiaram a fé e se tornaram "afastados" espirituais. Com tais evidências sempre suscitam a pergunta: pode uma pessoa, uma vez salva, perder a salvação?.  
   
     Embora haja outras formas de sep pensar sobre esse assunto, não quero e nem pretendo aqui e agora mencioná-los. Quero trazer o pensamento da teologia reformada, que ensina a doutrina da perseverança dos santos, a qual pode ser chamada também de "segurança eterna". Em essência essa doutrina ensina que , se você possui a fé salvadora (que é diferente da fé comum, ou seja, aquela que todos possuem), nunca ia perdê-la; e se você a perde, é porque nunca a teve. Conforme escreveu o apóstolo João: "Eles saíram do nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos". 

    Há registros de pessoas que em determinado momento de suas vidas, ficaram enamoradas de determinados elemntos do cristianismo sem contudo ou jamais de fato abraçar o próprio Jesus Cristo. Pessoas que vão à igreja com segundas ou terceiras intenções, muitas vezes atrás de uma autosatisfação, como exemplo: namoro, melhoria de vida, prosperidade financeira, curas, milagres, casamentos etc; Tais pessoas podem até se converterem à grade de programação da igreja sem se converter a Jesus Cristo que é a causa primeira de nossa busca. 

    A doutrina da perseverança não se baseia em nossa própria capacidade para perseverar, mesmo sendo novas criaturas criadas em Cristo, mesmo sendo regeneradas. Pelo contrário, descansa na promessa de Deus de nos preservar, pois é ELE que nos mantém de pé. Vejamos o texto de Filipenses: " Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de aperfeiçoá-la até o dia de Cristo Jesus". É pela graça, e tão-somente pela graça, que o cristão persevera. Deus determina o que começa. Ele assegura que seus propósitos na eleição não serão frustrados. Rm 8.30 nos fornece um testemunho adicional desta maravilhosa esperança. 

   Temos segurança porque a salvação é do Senhor e somos feitura sua. Ele dá o Espírito Santo a todo crente como uma garantia de que completará o que começou. Deus selou todo crente com o Espírito Santo. Ele nos marcou de maneira inquestionável e indelével e nos deu um pagamento antecipado que garante que concluirá a transação. 

   Uma base final de confiança se encontra na obra sacerdotal de Cristo, que intercede por nós. Assim como Jesus orou pela restauração de Pedro( e não de Judas), ele também ora pela nossa restauração quando tropeçamos ou caímos. Podemos permanecer caidos por algum tempo, mas nunca total ou definitivamente. Aqueles que são verdadeiramente crentes não podem ser arrebatados das mãos de Deus( Jo 10.27-30), é por isso que cremos e entedemos a doutrina da perseverança dos santos opu da segurança eterna. 

   Que bom sabermos que temos Deus como nossa firme rocha, nosso sustendador e protetor, nosso alvo. Bom é ter esperança e aguardar com paciência no Senhor.



 A Deus toda glória.                                                                         


                                                                                  (Parte do texto extraído dos escritos de R. C. Sproul)




 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

SOLA GRATIA (Ef. 2.1-10)

   A graça divina éo soberano favor de Deus exercido na dádiva de bênçãos a pessoas que não tem em si mérito nenhum, e pelas quais não se exigedelas nenhuma compensação. É completamente imerecida, não é procurada de modo nenhum e não é atraida por nada que haja nos objetos aos quais é dada, por nada que deles provenha, e tampouco pelos próprios objetos. Não pode ser comprada, nem obtida e nem conquistada pela criatura. Se pudesse, deixaria de ser GRAÇA.
   No texto lido e em outros escritos do apóstolo Paulo, a graça de Deus está em total oposição às obras e merecimento. Rm 11.6 diz :" E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça". É tão impossível unir graça e as obras (para a soteriologia), quanto unir óleo e água. 
   Este assunto ganhou uma importância grandiosa no período da Reforma Protestante, quando se pregava que a salvação podia ser obtida através ou por meio de indulgências ou por outros tipos de atos piedosos. Vejamos o que alguns reformadores pensavam a respeito do assunto:
  Lutero: dizia ele que o homem decaído é por natureza capaz de fazer muitas coisas boas e louváveis(esfera terrena), embora seja inteiramente incapaz de fazer qualquer bem espiritual;
  Zuinglio: entendia o pecado como corrupção, e não como culpa, e considerava a graça de Deus como santificante e não como graça salvadora;
  Calvino: Discordava deles. Ele sustentava que o homem natural não pode, por si mesmo, fazer nenhuma boa obra  e insistia vigorosamente na natureza particular da graça salvadora.

   Exposição das Escrituras
   Efésios 2.1-10. Salvação pelas obras de Deus. Os efésios alcançaram a salvção por meio da fé. De um lado, Deus, e do outro, o homem. Deus declara que não nos deve nada; de modo que a salvação não é um galardão ou recompensa, mas simplesmente graça. Não deveríamos, pois, manter silêncio acerca do livre arbítrio, das boas intenções, das preparações inventadas, dos méritos e das satisfações?
   A fé põe diante de Deus um homem totalmente vazio, nú, pobre, cego, morto, para que ele seja preenchido com as bênçãos de Cristo, o autor da salvação (Ef.2.1).

   Atos 20.24.  A graça é proclamada no evangelho. Para o judeu, um escândalo, para o grego filósofo e presunçoso, loucura. Por que? Porque não há nada no evangelho que se preste para gratificar o orgulho do homem. Ele anuncia, que se não formos salvos pela graça, não seremos de modo nenhum. Ele trata o homem como criminosos, culpados, condenados e mortos. Todo descendente de Adão é pecador decaído. A graça que divulga o evangelho é a sua única esperança.

   Lucas 18.10-14. O fariseu e o publicano. As atitude mentais que mais milita contra o arrependimento são a justiça própria e a presunção. Jesus mesmo ilustrou esta autopercepção com esta parábola. O fariseu apenas reconhece suas boas ações, maas permanece cego diante de suas falhas e pecaminosidade. Por não ver a sua necessidade de Deus nem de sua graça, não os encontra. Em contrapartida, o publicano que era tão mal visto pelos judeus, em sua oração, não ousava nem levantar os olhos aos céus, mas batia no peito dizendo: "Ò Deus, sê propício a mim, pecador", ou seja, reconheceu sua penitência.
   Portanto, a graça de Deus é eterna, porque ela foi planejada antes de ser exercida (
Tm 1.9); é livre ou gratuita, pois ninguém a pôde comprar jamais (Rm 3.24); e é soberana, porque Deus a exerce em favor daqueles a quem lhe apraz, e a esses a concede (Rm 5.21).
  A vida eterna é um dom e, portanto, não pode ser obtida pelas obras, nem reivindicada como um direiro. Êxodo 33.19 diz: " Terei misericórdia(graça) de quem eu tiver misericórdia e me compadecerie de quem eu me compadecer".

  A Deus toda a Glória.                 





















sábado, 8 de maio de 2010

O Maior Homem do Mundo ( Lc 7.24-35 ).

  Quem ele é? Será que o encontramos na galeria dos mestres gregos, 
como:
- Sócrates, com o seu método de descobrir a verdade (aprendizado) com perguntas desafiadoras; 
- Platão, com sua teoria das idéias;
- Aristóteles, com as leis fundamentais da lógica?  

   Seria  talvez:
- Agostinho, o doutor da igreja;
- Descartes, com a famosa frase : "Penso, logo existo"?

   Ou ainda, aqueles que mancharam a terra de sangue, como: 
-Os césares romanos, em sua ambição de conquistar o mundo;  
- Mussolini, ditador italiano; 
- Adolph Hittler, o general alemão;     
- Mao Tse Tung, imperador chinês? 

  Esses homens governaram com mão de ferro e punhos de aço. Conquistaram cidades, povoados, e com truculência fizeram tremer a terra com suas marchas triunfais. Só a mênção de seus nomes causa ainda hoje profunda dor em muitos corações. Eles foram temidos, mas não amados; foram grandes na terra, mas desprezados no  céu. 

   Seria ainda:
- Os Puritanos, movimento que pregava a Escritura e defendia o viver cristão de acordo com o que nela estava escrito; ( Jonh Bunyan);
- Os reformadores, Lutero, Calvino, Teodoro de  Beza, Guilherne Farel, Ulrich Zwinglio, Felipe Melancton, Jonh Knox, Jonh Huss;
- Jonathan Edwards, Martin Luther King, Berkof?

   O maior homem do mundo não é nenhum desses. Não se encontra entre os patriarcas, nem na escola de profetas, nem nos brilhantes apóstolos, nem nos pais da igreja. Então, onde o encontramos?

   O registro de Lucas 7 nos apresenta toda sua história, a história de Joaõ Batista.
1. Seu nascimento foi um milagre de Deus, foi predito pelos profetas do V. Testamento (Ml 3.1, 4.5-6); Seus pais eram pessoas piedosas, apesar de sua mãe ser estéril e avançados em idade; seu nascimento foi proclamado por um anjo de Deus em resposta as orações de seu pai; seu nascimento trouxe um profundo impacto na vida da família e do seu povo (Lc 1.14-17); era grande diante do Senhor; cheio do Espírito Santo desde o ventre materno; precursor do Messias e nazireu.

2. Sua vida foi um exemplo. Cheio do Espírito Santo (Lc 1.15); ele não era cheio de nenhuma outra coisa a não ser do pleno conhecimento de Deus (Ef 5.18); pregou para uma geração corrompida pela política, pelo governo; social, moral e espiritualmente corrompidos (Lc 3.1-2); era um pregador incansável, um arauto destemido que não pregava apenas para os pobres e miseráveisespiritualmente, mas também para os ricos avarentos, roubadores, usurpadores; o resultado de suas pregações eram estupendos; arrastava as multidões para o deserto, afastando-os de suas residências e comodidades; não pregava para entreter e nem agradar; sua mensagem confrontava seus ouvintes; pregava sobre a necessidade de arrependimento, juízo de Deus e ira vindoura; reconhecia sua posição como precursor do Messias, e era homem igual a nós.

3. Sua morte foi um mistério.(Mc 6.21-29). Para o mundo, joão Batista foi um fracassado, não deixou filhos, riquezas, morreu jovem, solitário; foi  o último profeta do Velho Testamento, homem simples, que havia sido escolhido por Deus para preparar seu povo para a chegada do Rei de Israel; um mártir que tombou na terra, mas foi levantado no céu como príncipe." ... dentre os nascidos de mulherm ninguém é maior do que João Batista, mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele".

  A morte não coloca um fim na vida dos servos de Deus, pelo contrário, aqueles que morrem por causa de sua fidelidade a Deus, são considerados bem-aventurados(Ap 14.13). Por isso, João Batista é um verdadeiro exemplo de altruísmo cristão, não oscilou e nem temeu as consequencias de suas pregações, antes cumpriu com o seu ofício: PROFETA. A nossa geração também precisa de pregadores ousados na Palavra, que ao invés de tentarem agradar os seus auditórios, exerçam com fidelidade a sua missão: "... prega a Palavra..."


Soli Deo Gloria.