"Quem despreza a pregação despreza a Deus, porque Ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra". J. Calvino


Bem vindo(a)

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Plena Satisfação em Deus( Sl 90.1-2)

Moisés testemunhou geração após geração do povo de Israel a infalível manifestação e o cuidadoso zelo de Deus para com esta nação escolhida e muito amada por Ele. Os milagres, a pronta providência, a concessão do decálogo, as muitas privações com objetivos determinados, os muitos acontecimentos estupendos e sobrenaturais, as contundentes e incontestáveis provas da presença de Deus no meio do seu povo, o cuidado paterno: de dia uma nuvem e a noite, uma coluna de fogo, dentre outros.  Por tudo isso e muito mais, Moisés  no fim de sua vida pôde adorar a Deus tributando-lhe louvor e ações de graças por sua infinita e eterna misericórdia. O ministério deste homem não foi fácil, pois em suas mãos tinha a responsabilidade de cuidar de um povo que dependendo da situação, muito oscilava. Observamos que, em muitos momentos da caminhada de Israel pelo deserto, houve reclamações por causa de comida, de água, de conforto, trazendo assim sobre aquela geração a impossibilidade de apropriar-se das inconfundíveis e incontestáveis promessas de Deus.  

   Para muiots, foi um tempo passado, de fato. Mas o Deus daqueles tempos é o mesmo Deus de nossa geração. Geração moderna que a todo custo procura valorizar os padrões do mundo em detrimento aos divinos. Por isso, é imprescindível vivermos plenamente satisfeitos em Deus, confiarmos em suas promessas porque Ele faz novas todas as coisas. Mas eis que surge uma pergunta: Por que muitos ainda não perceberam que só temos plena satisfação e gozo se estivermosem Deus? A verdade é que:  
   1. Precisamos crer que Deus é pleno de poder( Ef. 3.20); na sua Palavra há promessas de bem-aventurança(Sl 65.4); a concessão de privilégios são para aqueles que entendem que Cristo é a única fonte que sacia a sede e que precisamos desta água (Palavra) que norteia a piedade cristã(Jo 4.14); o poder de Deus vai além das nossas perspectivas e entendimento pois sua cota de bênçãos nunca se esgota.
  
   2. Sua ação independe das volições humanas. O que isso quer dizer? Quer dizer que Deus não existe ou está a nossa disposição para realizar os nossos caprichos e vontades ( Is.40.22-23); Ele é poderoso e infinito;

   3. As suas promessas são para aqueles que vivem piedosamente(2 Tm 3.12); crendo e esperando no Senhor(Sl 40); não permitindo que a falta de fé seja a causa principal para não alcançarmos as promessas de Deus(Sl 90.7).   

   Moisés por um longo período testemunhou dos feitos poderosos de Deus. Homens durante toda a história também experimentaram desse favor imerecido, ou seja, viveram plenamente satisfeitos em Deus, mas para que isso pudesse acontecer, era necessário crer para ver, como bem disse Agostinho de Hipona: "A compreensão é a recompensa da fé".  

   Que Deus se digne em nos abençoar.



















   









sábado, 24 de abril de 2010

Os Puritanos e o Propósito do Sexo no Casamento

O  movimento puritano não se preocupava ou limitava-se apenas com as questões de cunho eclesiástico ( salvação, regeneração, doutrina etc), mas também com as questões referentes ao convívio humano num plano horizontal (relacionamento). Entendendo que o homem possui uma natureza decaída, todas as faculdades forma prejudicadas devido ao pecado, devido o seu crescimento e o poder destruídor que ele tem, deixando com isso consequencias devastadoras e permanentes no homem. 

    A contribuição distintiva dos Puritanos dentro desta estrutura foi mudar a ênfase primária da procriação para o companheirismo. A idéia de banalização do sexo e do casamento não existe somenteem nosso tempo, eles também enfrentaram problemas semelhantes aos de nossos dias. Enquanto o mundo (autores seculares, mídia, universidades, centros de ensinos, etc), tenta mudar o sentido do plano de Deus para a humanidade, o movimento Puritano sustentava e sustenta, através de seus seguidores, a idéia bíblica de que o companheirismo no casamento - "Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gn 2.18)  tinha a primazia em relação procriação- "Sede fecundos e multiplicai-vos" (Gn1.28), vindo esta em seguida.  

   Na doutriva católica Romana, a única coisa que havia salvo o sexo no casamento era a procriação de filhos. Os Puritanos discordaram. William Perkins afirmou que "alguns escolásticos erram ao sustentar que a união secreta do homem e da mulher não pode ser pecado a menos que seja feita para a procriação de filhos". 

   Se a principal finalidade do sexo no casamento é a expressão de amor e companheirismo mútuos, é uma perversão do sexo reduzí-lo a um ato meramente físico. Perkins escrevendo sobre este assunto e disse: "Nada é mais vergonhoso do que amar uma esposa como se ela fosse uma prostituta". E ainda sobre esse tema certo autor escreveu: "Embora a copulação seja considerada entre os fins do casamento, entretanto o ato em si numa correta avaliação não pode ser mais matrimonial do que é um efeito do amor conjugal. Quando o amor...Se desvanece,... o ato carnal de fato pode continuar, mas não santificado, não puro, não apropriado ao sagrado laço do matrimônio, sendo quando muito nada mais que uma excreção animal".


  Enfim, como entendendemos este assunto  numa época em que todos os valores bíblicos são deixados de lado em detrimento dos conceitos do mundo?. Comente.




                                                                                                                Por Ronicleudo de Carvalho.






domingo, 18 de abril de 2010

O Modernismo e a Inerrância Bíblica

Um dos maiores inimigos do cristianismo atual é o modernismo ou liberalismo cristão. Na verdade, poderia-se dizer que o liberalismo cristão tem causado mais danos às denominações e instituições protestantes do s´culo XX do que qualquer outro movimento herético. O que é liberalismo cristão? O liberalismo cristão é parte de um movimento religioso, político e cultural mais amplo na Europa e então na América, que tem sua base na visão de mundo humanista secular, ou ainda, movimento baseadona suposição de que o cristianismo pode ser conciliado com as aspirações humanas positivas, dentre as quais a busca de autonomia. O liberalismo deseja adaptar a religião ao pensamento e à cultura moderna, desejando com isso uma sociedade transformada sobretudo pelo aspecto ético e não pelo amor de Deus. A razão pela qual os historiadores e teólogos referem-se ao liberalismo cristão como modernismo é o fato de que os liberais cristãos tem comprado e adotado a visão de mundo secular moderna. Eles tem adaptado seus ensinamentos para refletirem o espírito desta era. O que ocorreu com as denominações que adotarma o modernismo foi uma ersão séria da fé em Cristo e o emparelhamento da bíblia com a nova fé nos pressupostos do progressivismo e naturalismo. Isto envolveu a fé na humanidade. As "descobertas" do homem na ciência, indústria, ciências sociais e econômicas introduziram um milênio humanista. Algumas caracteristicas comuns do modernismo cristão são uma crença na evolução darwiniana, estatismo( comunismo, socialismo...), alto criticismo negativo, etc.

Porque o modernismo ainda é força religiosa mais dominante na academia, governo civil e na mídia nos dias de hoje, um estudo e refutação de alguns dos seus ensinamentos mais proeminentes se torna necessário. Além disso, as lições teológicas que deveriam ter sido aprendidas das batalhas teológicas entre modernistas e fundamentalistas (c. 1870-1940) não o foram por muitas pessoas, porque novas formas de modernismo ainda estão destruindo as instituições cristãs e denominações. No entanto, cabe a nós, zelarmos e lutarmos por um cristianismo autêntico e verdadeiro, sem maquiagem, sem mentiras, sem pano de fundo. A verdade de Deus é absoluta e a proposta do seu Reino é inquestionável. Olhamos para o passado e vemos que resquicios do mesmo rodeia e põe em perigo a vida de muitos. Por isso, necessario se faz uma abordagem bíblica-expositiva que traga à lume e a consciência dos cristãos um verdadeiro padrão de paixão e piedade. Muitos estão vivendo o "novo", e porque estão vivendo o "novo" estão morrendo espiritualmente, se afastando da sã doutrina, mas o que é novo não é bíblico, e o que é biblico é antigo. O nosso Deus é o Deus de toda eternidade (Sl 90.2) (grifo meu). 


                                                                 Rev. os Puritanos e comentário de Ronicleudo de Carvalho.


terça-feira, 13 de abril de 2010

A Oração do Cristão

A Oração do Cristão.
" E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tú, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, oraras a teu Pai que está em secreto; e teu Pai que vê em secreto, te recompensará". Mt 6.5-6.

Neste segundo exemplo de justiça( o primeiro refere-se as esmolas) "religiosa", Jesus descreve dois homens orando. Novamente, a diferença básica é entre a hipocrisia e a realidade. Ele põe em contraste o motivo das orações e as suas recompensas.
   O que ele diz sobre os hipócritas parece ótimo à primeira vista: "gostam de orar". Mas infelizmente não é a da oração que eles gostam, nem do Deus a quem supostamente estão orando. Não, eles gostam de si mesmos e da oportunidade que a oração pública lhes dá de se exibirem.
   Naturalmente, a disciplina da oração regular é uma coisa boa; todos os judeus devotos oravam tres vezes por dia, como Daniel. E não havia nada de errado em ficar de pé para orar, pois era a posição costumeira dos judeus para isto. Nem estavam necessariamente errados quando oravam nos cantos das praças ou nas sinagogas, se sua motivvação fosse acabar com a segregação da religião e expressar que reconheciam Deus estar presente mesmo fora dos lugares santos, isto é, na vida secular cotidiana. Mas Jesus desmacarou as suas verdadeiras motivações, quando ficavam de pé na sinagoga ou nas ruas com as mãos erguidas para os céus, a fim de serem vistos dos homens. Por trás da sua piedade, espreitava o seu orgulho. O que realmente desejavam era o aplauso. E o conseguiam. " Já receberam a recompensa".
   O farisaísmo religioso não está morto. A acusação de hipocrisia tem sido jogada inúmeras vezes sobre nós, os frequentadores de igrejas. É possível ir à igreja pelos mesmos motivos errados que levavam os fariseus à sinagoga: não para adorar a Deus, mas para obter uma reputação de piedade. E possível vangloriar-nos de nossas devoções particulares pelo mesmo motivo. O que se destaca é a perversidade de toda prática hipócrita. Dar louvor a Deus, tal como dar esmolas aos homens, é um ato autentico por si só. Um outro motivo qualquer destrói os dois. A religião e a caridade transformam-se em uma exibição. Como podemos fingir que estamos que estamos louvando a Deus, quando, na realidade, estamos preocupados com o louvor dos homens?
   Como, então, os cristãos devem orar? Entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás, disse Jesus. Devemos fechar a porta para não sermos perturbados e distraidos, mas também para fugir aos olhos dos homens e para ficarmos a sós com Deus.
   Por trás de toda oração verdadeira está a cnversa com Deus, que se inicia assim:
                                                           " Ao meu coração me ocorre:
                                                             Buscai a minha presença;
                                                             Buscarei, pois, Senhor,
                                                             A tua presença". Sl 27.8            

                                                                                                           Jonh Sttot: Sermão do Monte (ABU) 









                                                               

                    




domingo, 11 de abril de 2010

SEPARAI-VOS

   o crente, embora esteja no mundo, não é do mundo. Ele deveria ser distinguido do mundo nos grandes objetivos de sua vida Para o crente, o viver tem deser Cristo (Fp 1.21). Quer beba, quer coma, quer faça alguma outra coisa, o crente deve fazer tudo para a glória de Deus (1Co.10.31). Você pode acumular tesouros, mas, no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrói, e onde ladrões não podem escavar, nem roubar (Mt 6.20). Talvez você queira se esforçar para ser rico, mas a sua ambiçao deve ser tornar-se rico na fé (Tg 2.5) e nas boas obras (1 Tm 6.18) Você pode desfrutar de prazeres; quando, porém, você se alegrar, cante salmos (Tg 5.13) e, em seu coração, faça melodias ao Senhor (Ef 5.19)
    
    Em seu espírito, bem como em seus propósitos, você deve ser diferente do mundo, esperando humildemente em seu Deus, sempre consciente de sua presença, deleitando-se na comunhão com Ele. Procurando conhecer a vontade dele, você comprovará que é membro da raçacelestial. Também deve ser separado do mundo em seus atos. Se algo é certo, você tem de fazê-lo, embora venha a sofrer perdas. Se algo é errado, ainda que resulte em ganhos, você tem  de rejeitar o pecado por amor ao seu Senhor. Você não deve ter comunhão com as obras infrutíferas das trevas, e sim reprová-las.


    Ande de modo digno da sua chamada e posição (Ef 4.1). Lembre-se, você é um filho do Rei dos reis. Portanto, mantenha-se limpo do mundo. Não manche os seus deods que logo tocarão cordas celestiais. Não permita que seus olhos, os quais em breve contemplarão o REI em sua glória, tornem-se janelas de concupiscência. Não permita que seus pés, que logo caminharão nas ruas de ouro, sejam maculados em lugares lamacentos. Não permita que seu coração, o qual em breve será enchido pelas coisas celestiais e transbordará de regozijo, encha-se de orgulho e infelicidade.


Deus te abençoe.


                                                                                                                                         C. H. Spurgeon

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Duro é este discurso...

ronireformado.blogspot.comA deserção neste caso foi por causa da doutrina... A verdade era dura demais para eles, não podiam suportá-la. "Duro é este discurso; quem o pode ouvir?"( João 6.60). Um discípulo verdadeiro senta-se aos pés do seu Mestre e crê no que lhe é dito, mesmo quando não consegue compreender o sentido, ou não vê as razões pelas quais o seu Mestre o diz; mas estes homens não tinham o espírito essencial de discipulo, e, consequentemente, quando o seu instrutor começou a desvendar as partes mais recônditas do rol da verdade, eles não quiseram ouvir a Sua leitura delas. Eles estariam dispostos a crer quando pudessem entender, porém quando não puderam compreender, giraram nos calcanhares e se foram da escola do Grande Mestre. Além disso, o Senhor Jesus Cristo tinha ensinado a doutrina da Soberania de Deus e da necessidade do Espírito de Deus para que os homens sejam levados a Ele, "porque bem sabia Jesus, desde o princi´pio, quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de trair. E dizia: por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido"(João 6.64-65). Aqui o nosso Senhor proferiu um bocado da velha e antiquada doutrina da livre graça, doutrina da qual hoje em dia o povo não gosta. Chamam-na "Calvinismo", e a colocam de lado, entre os velhos dogmas recebidos, dos quais esta época iluminada nada sabe. Que direitos eles tem de atribuir ao reformador de Genebra uma doutrina velha como os montes eu não sei. Mas nosso Senhor nunca hesitou em arremessar essa verdade no rosto de Seus inimigos. Disse-lhes Ele: "Vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo dito", "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o troxer". Aqui diz claramente que não poderão vir a Ele, a não ser que o Pai lhes dê a graça para virem. Essa doutirna humilhante eles não puderam aceitar, e por isso foram embora (João 6.66)


                                                                                                             Extraído sermão de C. H. Spurgeon. Revista Os Puritanos.






sexta-feira, 2 de abril de 2010

Por Que o justo Sofre?

  No âmago da mensagem do livro de Jó, acha-se a sabedoria que responde à questão a respeito de como Deus se envolve no sofrimento humano. Em cada geração, surgem protestos, dizendo: "Se Deus é bom, não deveria haver dor, sofrimento e morte neste mundo". Com este protesto contra as coisas ruins que acontecem a pessoas boas, tem havido tentativas de criar um meio de calcular o sofrimento, pelo qual se pressuõe que o limite da aflição de uma pessoa é diretamente proporcional ao grau de culpa que ela possui ou pecados quecometeu. No livro de Jó, o personagem é descrito como um homem justo; de fato, o mais justo que havia em toda terra. Mas Satanás afirma que esse homem é justo somente porque recebe bênçãos de Deus. Deus o cercou e o abençoou acima de todos os mortais; e, como resultado disso, Satanas acusa Jó de servir a Deus somente causa da generosa compensação que recebe de seu Criador. 
   Da partedo maligno, surge o desafio para que Deus remova a protção e veja que Jó começará a amaldiçoá-lo. À medida que a história se desenrola, os sofrimentos de Jó aumentam rapidamente, de mal a pior. Seus sofrimentos se tornam tão intensos, que ele se vê assentado em cinzas, amaldiçoando o dia de seu nascimento e clamando com dores incessantes. O seu sofrimento é tão profundo que até a sua esposa o aconselha a amaldiçoar a Deus, para que morrsse e ficasse livre de sua agonia. Na continuação da história, desdobram-se os conselhos que os amigos de Jó lhe deram - Elifaz, Bildade e Zofar. O testemunho deles mostra quão vazia e superficial era a sua lealdade a Jó e quão presunçosos eram em presumir que o sofrimento indiscritível de Jó tinha de fundamentar-se numa degeneração radical do seu caráter. 
   Eliú fez discursos que traziam consigo alguns elementos da sabedoria bíblica. Todavia, a sabedoria final encontrada neste livro não provém dos amigos de Jó, nem de Eliu, e sim do próprio Deus. Quando Jó exige uma resposta de Deus, este lhe respondem com esta repreensão: "Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem con hecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber" (jó 38.2,3). O que  resulta desta repreensão é o mais vigoroso questionamento já feito pelo Criador a um ser humano. A princípio, pode parecer que Deus estava pressionando Jó, visto que Ele diz: "Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? (v.4). Deus levanta uma pergunta após outra, e, com suas perguntas, reitera a inferioridade e subordinação de Jó. Deus continua a fazer perguntas a respeito da habilidade de Jó em fazer coisas que lhe eram impossíveis, mas que Ele podia fazer. Por ultimo, Jó confessa que isso era maravilhoso demais. Ele disse: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (42.5-6). 
   Neste drama, é digno observar que Deus não fala diretamente a Jó. Ele não diz: "Jó, a razão por que você está sofrendo é esta ou aquela". Pelo contrário, no mistério deste profundo sorfrimento, Deus responde a Jó revelando-se a si mesmo. Esta é a questão do sofrimento - a resposta não é por que tenho de sofrer deste modo particular, nesta época ou circunstância específicas, e sim em que repousa a minha esperança em meio ao sofrimento. 
   A resposta a essa questão provém claramente da sabedoria do livro de Jó: o temor do Senhor, o respeito e a reverência diante de Deus, é o princípío da sabedoria. Quando estamos desnorteados e confusos por coisas que nãoentendemeos neste mundo, não devemos buscar respostas especificas para questões específicas, e sim buscar conhecer a Deus em sua santidade, em sua justiça e em sua misericórdia. Esta é a sabedoria de Deus que se acha no livro de Jó.



   





Amor que constrange

   O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte Dele - nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados ('constrangidos') pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.
   Um cristão é uma pessoa que vive sob o constragimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor - passado, presente, futuro.
   Veja como Charles Hodge expressou isso: "Um cristão é alguem que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive".
   Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.